Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/92676
Título: Imagologia e Mitos Nacionais: O Episódio dos Doze de Inglaterra na Literatura Portuguesa (c.1550-1902) e o Nacionalismo (Colonial) de Teófilo Braga
Autor: Puga, Rogério Miguel
Orientador: Sousa, Maria Leonor Machado de
Palavras-chave: Teófilo de Braga
Os Doze de Inglaterra
Inglaterra (Reino Unido)
Idade Média
Intertextualidade
Literatura portuguesa
Poesia Crítica literária
Romances de cavalaria
Viagem na literatura
Literatura tradicional
Literatura oral
Data de Defesa: 2014
Resumo: O presente trabalho é uma versão revista e aumentada da dissertação de mestrado em Estudos Anglo-Portugueses que redigimos, sob orientação da Professora Doutora Maria Leonor Machado de Sousa, e que defendemos na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, no final de 2006. Posteriormente, decidimos partir dessa versão original, que se deteve sobretudo nas temáticas associadas às relações anglo-portuguesas no poema narrativo1 Os Doze de Inglaterra (1902), de Teófilo Braga (1843-1924),2 para analisar os auto-/hetero-estereótipos (imagens nacionais)3 e a ideologia nacional(ista) da obra, que recupera um antigo mito nacional histórico-literário. A dimensão histórica do tema dos Doze já foi abordada, sobretudo no que diz respeito à versão original quinhentista, por Artur Magalhães Basto (1935) e por Carlos Riley (1988),4 sendo nosso objectivo demonstrar a utilidade da imagologia para o estudo de auto- e hetero-estereótipos ou imagotipos veiculados por mitos nacionais, bem como proceder a uma análise transtemporal da iconoesfera5 do episódio-mito na literatura portuguesa, e especificamente em Doze de Inglaterra (DI). Ao longo da primeira parte deste trabalho estudamos as variantes do tema6 desde o século XVI no que diz respeito aos protagonistas, ao espaço e ao tempo da acção e aos estereótipos nacionais, elementos que, como veremos, são revisitados ao longo de quatro séculos por diversos autores, permitindo-nos essa abordagem analisar as inovações e as temáticas de DI na segunda parte. Doze anos após o Ultimato britânico e oito antes da implantação da República Portuguesa, Joaquim Teófilo Fernandes Braga publicou DI, que seria o volume quarto da colecção «Alma Portuguesa: Rapsódias da Grande Epopeia de Um Pequeno Povo», a qual foi descrita como uma obra “grandiosa pela concepção mas de realização frouxa”7 por Jacinto do Prado Coelho, que, tal como A. Machado Pires,8 defende que o seu autor “não tinha o dom da poesia”.9 A estrutura (divisão em cantos e invocação) e a temática do texto aproximam-no da epopeia camoniana, estratégia intertextual que será fácil de entender se recordarmos que o episódio dos Doze, “epicamente detalhado no livro de Theophilo Braga”,10 é representado pela primeira vez em Os Lusíadas, se exceptuarmos a breve e anónima relação quinhentista (c.1550), que também analisaremos sumariamente. Como veremos, o mito literário em questão celebra e ficcionaliza, desde o século XVI, o início das relações anglo-portuguesas,11 a Casa de Avis e as famílias Coutinho e Vaz de Almada, sendo, sobretudo após 1890, utilizado também para criticar a Grã-Bretanha, a velha aliada de Portugal, no âmbito do nacionalismo colonial.
Descrição: https://www.academia.edu/9561082/Imagologia_e_Mitos_Nacionais_O_Episódio_dos_Doze_de_Inglaterra_na_Literatura_Portuguesa_c.1550-1902_e_o_Nacionalismo_Colonial_de_Teófilo_Braga
URI: http://hdl.handle.net/10362/92676
Designação: Tese de Mestrado em Estudos Anglo-Portugueses, Especialidade de Literatura Portuguesa
Aparece nas colecções:FCSH: DLCLM - Dissertações de Mestrado

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