Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/175781
Título: A música sinfónica e a luta política em Lisboa na década de 1910
Autor: Santos, Luís M.
Palavras-chave: I República portuguesa
vida musical de Lisboa
Música de política
Teatros
Música sinfónica
Programação de concertos
Music
History
Arts and Humanities (miscellaneous)
Social Sciences (miscellaneous)
Data: Out-2022
Resumo: No rescaldo do 5 de Outubro de 1910, várias foram as instituições da vida cultural lisboeta que experimentaram o impacto do processo revolucionário. O Teatro de São Carlos, histórico baluarte monárquico, de imediato se viu envolvido numa situação de impasse ditada por vários factores, não pouco pelas divergências entre diferentes facções do regime relativamente à sua função. Em sentido contrário, o recém-designado Teatro da República evidenciou desde logo um novo fôlego na sua actividade, a que não terá sido alheia a aproximação mútua entre a respectiva empresa e uma determinada ala republicana. Foi no seu âmbito que, em finais de 1911, foi lançada a Orquestra Sinfónica Portuguesa, um agrupamento que se destaca na história cultural portuguesa como a primeira orquestra permanente de concertos públicos bem-sucedida, cuja actividade se manteria com regularidade até à sua dissolução em 1928. Entretanto, ainda em finais de 1913 era fundado o Teatro Politeama, cuja actividade parece desde o início ter contado com o apoio de uma área política alargada oposta à anterior. O novo espaço incluía igualmente a iniciativa de uma orquestra sinfónica, que aí se apresentou regularmente em concertos públicos até 1925, tendo dado origem a um interessante fenómeno de concorrência empresarial em que não deixava de se observar também uma importante dimensão de controvérsia política. Conquanto se careça ainda de um olhar global sobre a actividade desenvolvida por estes (e outros) teatros lisboetas da época, um exame preliminar da sua programação teatral, musico-teatral e sinfónica sugere que terão estado envolvidos na luta pela dominação simbólica em curso e que nela terão desempenhado um papel que importa conhecer. É precisamente esta questão que a presente comunicação se propõe abordar, focando-se na análise da programação praticada pelas orquestras do República e do Politeama durante a década de 1910 e dando ênfase em particular à sua relação metafórica com o turbulento contexto político em que esses empreendimentos se enquadravam, no sentido de averiguar em que medida esta actividade sinfónica serviu a legitimação e a crítica de determinadas posições politico-ideológicas.
Descrição: UIDB/00693/2020 UIDP/00693/2020 PTDC/ART-PER/32624/2017
Peer review: yes
URI: http://hdl.handle.net/10362/175781
Aparece nas colecções:FCSH: CESEM - Documentos de conferências nacionais

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