Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10362/20147| Título: | Interpretation of Clitic, Strong and Null Pronouns in the Acquisition of European Portuguese |
| Autor: | Silva, Carolina Glória de Almeida Guerreiro da |
| Orientador: | Costa, João Gonçalves, Maria Fernandes Lobo |
| Palavras-chave: | acquisition aquisição European Portuguese português europeu interpretation interpretação clitic pronouns pronomes clíticos strong pronouns pronomes fortes null pronouns pronomes nulos object complemento subject sujeito indicative indicativo subjunctive conjuntivo |
| Data de Defesa: | 19-Mai-2015 |
| Resumo: | The goal of the present research was to investigate how the interpretation of clitic,
strong and null pronouns by Portuguese preschool children is influenced by the
grammatical status of those forms.
In a first study, picture verification tasks were used in order to verify if the categorial
status of object pronominal forms (clitic or strong) is intralinguistically relevant in
European Portuguese (EP), especially in contexts of variation between non-reflexives
and reflexives. According to the results, children did not have major difficulties with
reflexive forms (anaphors), regardless of their clitic or strong status. In the
interpretation of non-reflexive forms, their performance got close to the adults’
behavior with clitic pronouns, while it deviated with strong pronouns in prepositional
contexts. Children overaccepted dispreferred coreferential readings when interpreting
non-reflexive strong object pronouns in non-locative PPs.
In a second study, truth value judgment tasks were applied with the intention of
specifying if there is an interpretative asymmetry between null and overt pronominal
subjects in indicative and subjunctive complement clauses. The results show that, in
the indicative (with one or two intrasentential antecedents), children overaccepted the
pragmatically inappropriate reading of coreference for overt strong subject pronouns,
unlike adults. Children performed more adult-like with null subject pronouns in
indicative clauses, when there is only one intrasentential antecedent (the matrix
subject). However, they often accepted the dispreferred reading of disjoint reference
with null pronominal subjects in the indicative, in the presence of two potential
antecedents before the pronoun (the matrix subject and the matrix object). In the
subjunctive (selected by volitional verbs or declarative verbs of order), children
incorrectly assigned coreferential readings to both null and overt subject pronouns.
Strong pronominal forms are argued to be licensed post-syntactically. The difficulties in
the post-syntactic rejection of the dispreferred coreference when interpreting object
and embedded subject strong pronouns (constrained by semantic and/or pragmatic
factors) are based on processing problems at the interface level. Here, there is
competition between convergent derivations and the comparison between those
structures is costly for children’s limited working memory. In turn, clitic and null
pronouns are licensed in syntax (making the establishment of the referential
dependency of these forms to be more economical), since both are dependent on
functional categories as inflection. However, there are some processing constraints in
the interpretation of null pronominal subjects in indicative clauses, when the matrix
object antecedent linearly intervenes in the referential dependency between the
preferred matrix subject antecedent and the null embedded subject pronoun. In this
case, children’s performance is guided by the linear proximity of the matrix object
antecedent preceding the null pronoun. The subjunctive obviation (with both types of
subject pronouns) is not completely acquired yet by children. Nevertheless, they show
sensitivity to the contrast between the indicative and the subjunctive. The full mastery of obviation involves not only syntactic knowledge of the anaphoric nature of Tense
(e.g. Meireles & Raposo, 1983) but also lexical and semantic knowledge of the matrix
verbs, which takes some time to acquire. In the pronominal system, the more
pronouns are syntactically licensed, the less problematic their acquisition becomes. O objetivo do presente estudo foi investigar como a interpretação de pronomes clíticos, fortes e nulos por crianças portuguesas em idade pré-escolar é influenciada pelo estatuto gramatical dessas formas. Num primeiro estudo, foram utilizadas tarefas de verificação de imagens a fim de verificar se o estatuto categorial da forma pronominal em posição de complemento (clítico ou forte) é relevante intralinguisticamente em Português Europeu (PE), designadamente em contextos de variação entre não-reflexos e reflexos. De acordo com os resultados, as crianças não têm grandes dificuldades com formas reflexas (anáforas), independentemente do seu estatuto clítico ou forte. Na interpretação de formas não-reflexas, o seu desempenho aproximou-se do dos adultos com os pronomes clíticos mas desviou-se com os pronomes fortes em contextos preposicionais. As crianças sobreaceitaram leituras correferenciais não-preferidas ao interpretar pronomes fortes complemento não-reflexos em sintagmas preposicionais não-locativos. Num segundo estudo, foram aplicadas tarefas de juízo de valor de verdade com a intenção de especificar se há uma assimetria interpretativa entre sujeitos pronominais nulos e plenos em orações completivas com indicativo e conjuntivo. Os resultados mostram que, no indicativo (com um ou dois antecedentes intrafrásicos), as crianças sobreaceitaram a leitura pragmaticamente inadequada de correferência para pronomes sujeito plenos, ao contrário dos adultos. As crianças aproximaram-se do desempenho dos adultos com pronomes sujeito nulos em orações com indicativo, quando há um só antecedente intrafrásico (o sujeito matriz). Contudo, aceitaram frequentemente a leitura disjunta não-preferida com sujeitos pronominais nulos no indicativo, na presença de dois potenciais antecedentes na frase (o sujeito matriz e o objeto matriz). No conjuntivo (selecionado por verbos volitivos e declarativos de ordem), as crianças atribuíram incorretamente leituras correferenciais a ambas as formas de pronome sujeito (nulo e pleno). Argumentamos que as formas pronominais fortes são licenciadas pós-sintaticamente. As dificuldades na rejeição pós-sintática da correferência não-preferida ao interpretar pronomes fortes em posição de complemento e de sujeito encaixado (restringinda por fatores semânticos e/ou pragmáticos) são baseadas em problemas de processamento ao nível das interfaces. Aqui, há competição entre derivações convergentes e a comparação entre essas estruturas envolve custos para a limitada memória de trabalho das crianças. Por sua vez, os pronomes clíticos e nulos são licenciados na sintaxe (fazendo com que o estabelecimento da dependência referencial destas formas seja mais económica), pois ambos são dependentes de categorias funcionais como a flexão. No entanto, existem algumas restrições de processamento na interpretação dos sujeitos pronominais nulos em orações com indicativo, quando o antecedente objeto matriz intervém de forma linear na dependência referencial entre o antecedente sujeito matriz preferido e o pronome sujeito nulo encaixado. Neste caso, o desempenho das crianças é guiado pela proximidade linear do antecedente objeto matriz que precede o pronome nulo. A obviação conjuntiva (com ambos os tipos de pronome sujeito) não está ainda completamente adquirida pelas crianças. Todavia, mostram sensibilidade ao contraste entre o indicativo e o conjuntivo. O domínio completo da obviação envolve não só conhecimento sintático do caráter anafórico de Tempo (e.g. Meireles & Raposo, 1983) mas também conhecimento lexical e semântico dos verbos matriz, o que demora algum tempo a adquirir. No sistema pronominal, quanto mais os pronomes são sintaticamente licenciados, menos problemática se torna a sua aquisição. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/20147 |
| Designação: | Doutoramento em Linguística, especialidade Psicolinguística |
| Aparece nas colecções: | FCSH: DL - Teses de Doutoramento |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| Carolina_Silva-PhD_dissertation.pdf | 2,68 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.











