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http://hdl.handle.net/10362/7331
Título: | Só os cães correm assim, com o ar de saber para onde vão |
Autor: | Ribeiro, Fernando |
Data: | 1998 |
Editora: | Edições Colibri |
Resumo: | Quer seja espaço natural ou artificial, esta dimensão dinâmica de aproximação e afastamento, prazer e dor instala-se no acto exacto e exclusivo de sobrevivência. Porque a vida corre e com ela o espaço de sobrevivência também. E o homem não resiste à condição desse espaço de lucidez, por definição a fronteira. Acontece em si o momento finito de existência, mas não deixa igualmente de desesperar, por não saber se o infinito existe e é passível de ser desejado. A sua condição de fronteira confunde-se com o desejo de existir e intervir e simultaneamente com a postura abúlica de não tomar qualquer partido, só porque o real lhe aparece ininteligível. Como espaço de fronteira que é, o homem personifica a contradição entre o sentido e o acaso. Por mais que mergulhe e absorva o real, o desespero, por não encontrar qualquer sentido, toma sempre a dianteira. A lucidez sobrevém e o ódio contra o mundo instala-se. A aparente existência de qualquer esperança decorre da dúvida permanente, da interrogação constante que acomete contra o real. Porém, a inexistência da esperança apenas parece e a postura de dúvida e interrogação persistentes somente ilustram o reverso da medalha; se o sentido não se impõe, um sentido nascerá. |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/7331 |
ISSN: | 0871-2778 |
Aparece nas colecções: | Revista da FCSH -1998 |
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Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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