Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/85759
Título: Inês de Castro. A imagem e o mito nas artes visuais
Autor: Bule, Lara Miguel
Orientador: Moura, Carlos Alberto Louzeiro de
Palavras-chave: Inês de Castro
Tumulária Medieval
Pintura de História
Romantismo
Naturalismo
Ilustração Oitocentista
Medieval Tombs
History Painting
Romanticism
Naturalism
Nineteenth-century Illustration
Data de Defesa: 4-Set-2019
Resumo: Tendo como ponto de partida a complexa iconografia dos túmulos na Abadia de Alcobaça, a história e o mito visual de D. Inês de Castro projecta-se na arte portuguesa e europeia só alguns séculos mais tarde, ao contrário do que sucede na literatura, que nunca abandonou o tema. Remontam aos inícios de Setecentos as primeiras realizações gráficas sobre a matéria, ilustrando livros de história portuguesa ou ibérica, romances e tragédias, traduções e reedições d’Os Lusíadas de Camões. Mas é a versão lendária do dramaturgo francês Antoine Houdar de la Motte, informada pela tradição do teatro espanhol, que a divulga na restante Europa. Com o Romantismo tem lugar uma verdadeira explosão do interesse literário da história e das suas incidências dramáticas, sentimentais ou até macabras, transpostas e ampliadas pela cultura visual, sobretudo pictórica. É o século XIX que celebra a iconografia da coroação da rainha depois de morta, convertendo-a num tópico trabalhado por artistas franceses e espanhóis e, quase sempre, de acentuada espectacularidade. Ao contrário do que sucede em Portugal, onde foi preterido em favor do lirismo da súplica ao rei. Com a alusão à Quinta das Lágrimas em Coimbra, insinuase também o motivo da paisagem, em sintonia com o Naturalismo e a aproximação aos valores estéticos do Impressionismo pelos artistas nacionais. Ao que o período novecentista, renovando a ópera e o bailado, acrescenta uma diversificação sem precedentes dos media tradicionais. O mito de Inês de Castro abre-se agora, além da pintura, escultura e gravura, à cultura de massas do nosso tempo, por via do cinema, da televisão e da banda-desenhada.
Departing from the complex iconography of the tombs in the Abbey of Alcobaça, the story and visual myth of D. Inês de Castro is reflected in the Portuguese and European art only a few centuries later; literature, on the contrary, has never abandoned the subject. The first graphic works on such theme go back to the early eighteenth-century, illustrating Portuguese or Iberian history books, novels and tragedies, translations and reeditions of the national epic poem Os Lusíadas by Camões. It is, however, the legendary version of the French play writer Antoine Houdar de la Motte, informed by the Spanish theatrical tradition that disseminates the argument across Europe. Romanticism encompasses an authentic explosion of the literary interest in the story and its dramatic incidences, sentimental or even macabre, transposed and broaden by visual culture, mainly in painting. Indeed, the nineteenth-century celebrates the iconography of the posthumous coronation of the queen, a topic developed by French and Spanish artists, almost invariably through a spectacular lens. Unlike Portugal, where the lyric scene of Ines’ plead to the king is favoured above all others. Referring to Quinta das Lágrimas in Coimbra, it also implies the motive of landscape, in harmony with Naturalism and the approach to Impressionism aesthetic values by national artists. Renewing opera and ballet performances, the twentieth-century brings an unprecedented diversification of the traditional media. An overture of the myth of Inês de Castro, beyond painting, sculpture and engraving, to the mass culture of our times, via cinema, television and comic books.
URI: http://hdl.handle.net/10362/85759
Designação: História da Arte
Aparece nas colecções:FCSH: DHA - Dissertações de Mestrado

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