Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/75722
Título: A utilização dos serviços de urgência em unidades locais de saúde
Autor: Rego, Patricia Maria Nunes
Palavras-chave: integração vertical
utilização dos serviços hospitalares
serviços de urgência
cuidados de saúde primários
vertical integration
hospital services utilization
emergency room
primary care
Data: 2018
Editora: Universidade Nova de Lisboa, Escola Nacional de Saúde Pública
Resumo: RESUMO - OBJETIVOS A criação de unidades prestadoras de cuidados de saúde verticalmente integradas assenta na perspetiva de que uma maior integração dos cuidados pode melhorar o acesso, a qualidade, a eficiência e a satisfação dos doentes. Em Portugal, entre 1999 e 2012, foram criadas oito unidades de saúde verticalmente integradas, fundindo hospitais e prestadores de cuidados primários em Unidades Locais de Saúde (ULS). Este estudo tem como objetivo avaliar o efeito da integração vertical na utilização dos serviços hospitalares em Portugal Continental, com foco na utilização dos Serviços de Urgência (SU), contribuindo para a lacuna existente na respetiva evidência empírica. Para tal, foi testada a utilização dos SU nos contextos ULS e não-ULS e identificados fatores explicativos da utilização dos SU nos distintos modelos organizativos. MÉTODOS Foi realizado um estudo observacional e retrospetivo que incluiu doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), com 18 ou mais anos, residentes em Portugal Continental, que utilizaram qualquer tipologia de SU em 2015 entre 1 e 10 vezes - 2,3M de utentes e 4,3M de episódios de urgência. A utilização global do SU foi testada através de uma análise comparativa entre os contextos ULS e não-ULS. A utilização frequente (4 ou mais admissões nos SU por ano), por doentes com 2 ou mais problemas de saúde e por idosos foram também testadas. Para identificação de fatores explicativos da utilização dos SU foi realizada uma regressão linear múltipla, considerando como variável dependente o valor padronizado do número de episódios de urgência por utente, e variáveis características da respetiva procura e oferta, como explicativas. RESULTADOS No ano de 2015, a utilização média dos SU por utente nas ULS foi de 1,93 episódios e no contexto não ULS foi de 1,84 episódios, sendo as diferenças encontradas estatisticamente significativas. v Utilizadores frequentes, doentes com 2 ou mais problemas de saúde e idosos em ULS, têm também um uso mais elevado dos SU. Controlando o género, a idade e os problemas de saúde e comportamentos de risco, um aumento da utilização dos CSP está associado a um aumento da utilização dos SU. CONCLUSÕES A integração vertical supõe, entre outros princípios, uma priorização da atuação ao nível dos CSP, sendo daí esperada uma menor utilização do SU. Num contexto comparativo, e para o ano analisado, o presente estudo não confirma essa relação, mesmo para doentes com 2 ou mais problemas de saúde ou idosos. O desempenho dos CSP nas ULS não se mostrou, até 2015, capaz de potenciar um menor volume de admissões urgentes dos doentes inseridos naquele contexto organizacional, relativamente aos demais. No entanto, para uma conclusão mais robusta, existem outras variáveis a serem controladas no desenvolvimento futuro deste estudo.
ABSTRACT - OBJECTIVES The rationale for creation vertical healthcare organizations is based on the evidence that more integration of care could improve access, quality, efficiency and patient satisfaction. In Portugal, between 1999 and 2012, eight vertically integrated healthcare units were created, merging hospitals and primary care providers into Local Health Units (LHU). This study aims to evaluate the vertical integration effect on hospital services utilization, in mainland Portugal, focusing on emergency room (ER) utilization, contributing for the existing gap in the empirical evidence. It was tested the ER utilization in LHU and non-LHU organizations and identified explain factors of the ER utilization in each unit. METHODS An observational and retrospective study was carried out focusing on primary care enrolled patients aged 18 or over, residing in mainland Portugal, that used any type of ER in 2015 until 10 times - 2.3M users and 4.3M ER visits. The global ER use was tested by a comparative analysis between LHU and non-LHU. Frequent users (4 or more ER visits per year), patients with 2 or more health problems and elderly utilization were also tested. An individual multiple linear regression was performed, considering as dependent variable the standardized value of patient number of ER visits, and variables on demand and supply characteristics, as predictors. RESULTS In 2015, the mean ER use per patient in the LHU was 1.93 visits and in the non-LHU context it was 1.84 visits, and the differences were statistically significant. Frequent users, patients with 2 or more health problems and elderly in the LHU, have also a higher ER use. Controlling for gender, age, health problems and risk behaviours, an increase in the primary health care utilization is associated with an increase in the ER utilization. vii CONCLUSIONS The vertical integration supposes, besides other principals, a prioritization in the scope of the primary care, being expected a decrease of the ER utilization. In a comparative context and for the analysed year, the present study does not confirm this relation, even for patients with 2 or more health problems or elderly. By 2015, the performance of primary care in the LHU was not able to promote lower ER patient visits in this context, compared to the other. However, there are other variables to be controlled in a future development of this study for greater conclusion.
Descrição: Trabalho Final do Curso de Especialização em Administração Hospitalar
URI: http://hdl.handle.net/10362/75722
Aparece nas colecções:ENSP - Trabalhos Finais de Especialização em Administração Hospitalar

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