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Título: Conhecimentos e comportamentos face à infecção do VIH/SIDA em migrantes africanos e brasileiros residentes na área metropolitana de Lisboa
Autor: FERREIRA, Susana Simões
Orientador: DIAS, Sónia Ferreira
SOUSA, Bruno
Palavras-chave: Saúde pública
Saúde e desenvolvimento
Migrantes
Brasileiros
Africanos
HIV
Sida
Comportamentos
Lisboa
Portugal
Data de Defesa: 2011
Editora: Instituto de Higiene e Medicina Tropical
Resumo: O processo de desenvolvimento económico de urbanização leva à procura de melhores condições de vida e ao aumento do fluxo migratório em Portugal. A população migrante considerada vulnerável depara-se no país de acolhimento com inúmeros factores sociais, culturais, religiosos e económicos, os quais podem contribuir para influenciar os comportamentos, nomeadamente na adopção de comportamentos sexuais de risco. O objectivo do presente estudo é identificar os conhecimentos e comportamentos face à infecção do VIH/SIDA em Africanos e Brasileiros, residentes na área metropolitana de Lisboa. É um estudo de Conhecimentos Atitudes e Práticas (CAP) com uma abordagem quantitativa, cuja amostra é constituída por 289 participantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e do Brasil. Estes migrantes recorreram ao Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (CNAI) e foram convidados a participar neste estudo através de um questionário estruturado. Os dados foram submetidos a uma análise estatística descritiva. Em toda a investigação existe uma abordagem transversal relativa ao género, de forma a identificar a existência ou não de diferenças entre homens e mulheres no âmbito dos conhecimentos e comportamentos. Segundo os resultados, as principais fontes de informação utilizadas pelos migrantes que contribuem para o conhecimento do VIH/SIDA são os media (TV, rádio e jornais); os amigos, familiares e conhecidos, e as campanhas de prevenção. Observa-se que os participantes não referem utilizar os serviços de saúde para se informarem sobre o VIH/SIDA. No entanto, em caso de infecção recorreriam ao Hospital e ao Centro de Saúde. No âmbito das duas comunidades, os brasileiros são os que mais reportam utilizar o preservativo. Ambas as comunidades optam pela não utilização de qualquer método de contracepção, principalmente as mulheres africanas e os homens brasileiros No que diz respeito às infecções sexualmente transmissíveis, mais de metade dos participantes responde ter “muito” receio de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), sobretudo os homens africanos e as mulheres brasileiras. Este estudo sugere que a comunidade brasileira tem mais conhecimentos sobre o VIH/SIDA e menos comportamentos considerados de risco face à infecção do VIH/SIDA do que a comunidade africana. Os resultados sugerem que é necessária uma abordagem na promoção de estratégias e politicas de educação de saúde que passem igualmente pelas campanhas de prevenção e, que sejam especialmente concebidas para este grupo específico de população, sobretudo e neste caso, para os migrantes africanos, os quais têm menos conhecimentos sobre o vírus do HIV/Sida. Essas medidas devem ser levadas a cabo pelas Instituições estatais e organizações não-governamentais ao nível local, uma vez que uma actuação local pode ter um impacto mais adequado e satisfatório junto da população migrante. PALAVRAS CHAVE: Conhecimentos, Comportamentos de risco VIH/SIDA, Migrantes, Estudo CAP, Africanos, Brasileiros, Homens, Mulheres
The economic and urban development process, leads to a demand of better life conditions and it reflects in the increasing migratory flows in Portugal. Considered as a vulnerable population, migrants face a number of social, cultural, religious and economic constrains, that might contribute to influence their behavior, namely sexual risk behavior. This study aim is to identify Lisbon urban area immigrants’ (African and Brazilian) knowledge and behavior regarding HIV/Aids infection. It is a KAP (Knowledge, Attitudes and Practices) study using quantitative methodology. It is a cross sectional study which sample is 289 respondents from PALOP countries and Brazil, who went to CNAI and therefore were invited to participate in this study. Data were collected through a structured questionnaire, in which a statistical descriptive analysis was performed. There is a gender cross-thematic approach, to identify or not differences between man and women within the knowledge and behavior area. According with the results the main source of information, that contributes for the knowledge and behavior of HIV/Aids are: media (TV, radio and newspapers), friends, relatives and acquaintances and prevention campaigns. It was observed that respondents do not use Health Services to get information about HIV, nevertheless in case of infection would use Hospital and Primary Care health centers. Concerning behavior, 40% of Brazilians and 28% of Africans do use condoms, nevertheless both communities do not use contraception methods especially African women and Brazilian men. Over half of the respondents reported being “much” afraid of Sexually Transmitted Disease (STD) especially African men and Brazilian women. This study suggests that Brazilian have more knowledge and less risk behavior concerning the HIV infection. Results suggest that there is the need to address Educational and Health strategic and political approaches, including prevention campaigns, in order to consider the differences among the immigrant population. These measures should be taken by the Governments and Non-government Organizations at local level, since might lead to suitable and satisfactory outcomes.
URI: http://hdl.handle.net/10362/7152
Designação: Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Saúde e Desenvolvimento
Aparece nas colecções:IHMT: SPIB - Dissertações de Mestrado

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