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http://hdl.handle.net/10362/49837
Título: | Jornais, Jornalistas e Poder: a Imprensa que nasce na revolução e as lutas políticas de 1975 |
Autor: | Gomes, Pedro Miguel Marques |
Orientador: | Rezola, Maria Inácia Oliveira, Pedro Aires |
Palavras-chave: | Revolutionary journalism Revolution Media control Political battle Press Imprensa Revolução Luta política Controlo dos Media Jornalismo Revolucionário |
Data de Defesa: | 5-Jul-2018 |
Resumo: | No período de transição da ditadura para a democracia em Portugal a relevância dos órgãos de comunicação social assumiu vários contornos. Foram meios privilegiados de transmissão de informações à opinião pública, mas, simultaneamente, envolveram-se nos acontecimentos, intervindo nas lutas políticas que ocorreram logo após o 25 de Abril de 1974. Não raras vezes, criaram factos políticos e estiveram, eles próprios, no centro de alguns dos mais emblemáticos combates então travados.
Deram voz aos principais actores político-militares, criticaram-nos e/ou elogiaram-nos, consoante a fase do processo revolucionário e a linha editorial que defendiam. Tudo aconteceu enquanto os órgãos de comunicação e jornalistas procuravam lidar e adaptar-se a uma nova realidade profissional, propiciada pela liberdade de expressão. Um processo que não foi pacífico, nem isento de contradições, mas que acompanhou as tendências que emergiram na sociedade portuguesa.
Nesta investigação, exclusivamente sobre a Imprensa, analisamos o contexto dos jornais e do modo de praticar jornalismo na revolução, olhamos para a situação profissional dos jornalistas e para as mudanças que nela vão ocorrendo, procurando ainda entender as políticas que são apresentadas e aplicadas pelos órgãos de poder às empresas jornalísticas. A partir de então, é possível compreender as circunstâncias em que são criados novos títulos privados de Imprensa, as suas motivações e objectivos. Procuramos relacionar contextos, analisar estratégias e linhas editoriais e interpretar conteúdos.
Ao estudarmos os quatro principais periódicos criados em 1975 – Jornal Novo, O Jornal, Tempo e A Luta – deparamo-nos com projectos jornalísticos (com diferenças entre si) que, pretendendo ser uma alternativa à Imprensa então estatizada, foram, sob vários aspectos, inovadores e ousados, não deixando de serem também polémicos, de participarem activamente no curso dos acontecimentos e de se assumirem, inequivocamente, como defensores da legalidade democrática enquanto via política para o futuro do país. In the transitional period from dictatorship to democracy in Portugal, the relevance of the media took on various shapes. The media were privileged means of transmitting information to the public, but got simultaneously involved in events by intervening in the political struggle that took place immediately after the 25th of April 1974. Not rarely, the media created political facts and were, themselves, at the centre of some of the most emblematic battles then fought. The media gave voice to the main political/military actors. They were criticised and/or praised depending on the stage of the revolutionary process and the editorial line the media stood by. Everything happened while the media and journalists sought to deal with and adapt to a new professional reality, fostered by the freedom of speech. In this research, exclusively about the Press, we analyse the context of journals and the ways of practicing journalism in the revolution. We take a look at the professional situation of journalists and the changes therein, also seeking to understand the policies that the decision-making bodies presented and applied to the media companies. After that, it is possible to appreciate the circumstances in which new private Press titles are created, as well as their motivations and objectives. We seek to relate contexts, to analyse strategies and editorial lines, and to interpret contents. By revising the four main periodicals created in 1975 – Jornal Novo, O Jornal, Tempo, and A Luta – we are faced with journalistic projects (with differences between them) that, by intending to be an alternative to the then state-centred Press, were, in many aspects, innovative and bold, while not lacking in controversy. They were actively engaged in the setting of events and they established themselves, unequivocally, as advocates for democratic legality as a political route for the future of the country. |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/49837 |
Designação: | História Contemporânea |
Aparece nas colecções: | FCSH: DH - Teses de Doutoramento |
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