Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10362/26411
Título: | Átrios da Imagem: cinema e pensamento |
Autor: | Mendes, Marta Filipe de Matos Ribeiro |
Orientador: | Molder, Maria Filomena |
Palavras-chave: | Imagem-Cristal Cinema Imagem-Dialéctica Átrios da imagem Imanência Atriums of the image Dialectical-image Crystal-image Immanence |
Data de Defesa: | 28-Set-2016 |
Resumo: | O presente estudo ocupa-se dos átrios da imagem enquanto figura estética do
pensamento e da arte, centrando-nos sobretudo na imagem fílmica, mas apresentando
figuras da literatura e da pintura. Os átrios, zona de passagem ou espaço intermédio, são o
lugar no qual emerge a imagem enquanto forma viva ou gesto, melhor será chamar-lhe
processo ou imagem em transe. Ela não é determinável em qualquer plano conceptual ou
linguístico, escapando ao conceito, como a imagem flutuante de Kant, na formação do juízo
estético. Produz, nas suas emergências e ressurgências, o desmoronamento da percepção
do sujeito e dos sistemas de signos codificados, suspendendo o fluxo das significações
estanques e rompendo como pura intensidade. A imagem nos átrios resiste a fixar-se e a
fechar-se, procurando libertar-se, descondicionar-se, abrir-se a um plano de imanência que
estará sempre entre estados, entre fenómenos, entre pessoas, entre palavras e imagens. O
processo dinâmico da imagem será apresentado em três capítulos: Dramas originários,
Potências do falso e Experimentação, tendo como referência um contexto conceptual que
consideramos como fulcral à compreensão e desenvolvimento dos conceitos de Imagem-
Dialéctica de Walter Benjamin e de Imagem-Cristal de Gilles Deleuze. Procurar-se-á a
emergência desta imagem em três filmes, que serão analisados enquanto formas de
resistência poéticas e criadoras de novas formas de vida: Pedro, o louco (Jean-Luc Godard,
1965) Eu, um Negro (Jean Rouch, 1958) e Rostos (John Cassavetes, 1968). This dissertation has endeavored to study the atriums of the image as being aesthetical figures of the thought and of the arts, mainly focusing on the moving pictures but also comprehending figuration in literature and painting. Te concept of atrium of the image is inspirited by the “atriums of language” of Henry Maldiney, wich refer to the dimension of language as a pathos or a power of articulation prior to signification. Atriums, passing zones or intermediate spaces, are places where the image emerges as a living form or a gesture, an ordeal, a trance process. Here, the image is not ascertained by any conceptual ou linguistic level: it eludes the concept, like Kant’s floating image, in the formation of aesthetical judgments. In its emergences and upwellings, it produces the collaps of the subject’s perception as well as the crumbling of the systems of codified signs. It suspends the flow of sealed meanings and it burst forth as pure intensity. At these atriums, image resists to fix and to shut itself off, it tryes to break free, to decondition itself, opening up to a plane of immanence in between states, in between phenomena, in between persons, in between words and images. This dynamic process of the image is explained in three chapters: Originating dramas, Potences of the fake, and Experimentation, refering to a core conceptual context for the understanding of the scope of ideas as Walter Benjamin’s Dialectical-image and Deleuze’s Crystal-image. We will look for these images in three films considered as means of poetical resistence, creating new forms of life: Pierrot le fou (Jean-Luc Godard, 1965), Moi, un noir (Jean Rouch, 1958) e Faces (John Cassavetes, 1968). |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/26411 |
Designação: | Filosofia, Estética |
Aparece nas colecções: | FCSH: DF - Teses de Doutoramento |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
ATRIOS_Capa.pdf | 309,57 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir | |
TESE.pdf | 2,16 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.