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http://hdl.handle.net/10362/19877| Título: | Comunicação e governância de risco. Construção de um modelo de capacitação social |
| Autor: | Santos, Isabel Maria de Freitas Abreu dos |
| Orientador: | Vasconcelos, Lia Pires, Iva |
| Palavras-chave: | Comunicação de risco Governância de risco Capacitação social Comunidades de prática |
| Data de Defesa: | Nov-2016 |
| Resumo: | Vivemos numa sociedade em que os cidadãos enfrentam uma multiplicidade de riscos, de diversas naturezas e níveis de complexidade, e na qual a elevada ocorrência de acidentes afeta a estrutura social das comunidades, a saúde humana e o ambiente natural e edificado. Há uma crescente consciencialização da necessidade de dar resposta a estas situações. No entanto, o estado da arte revela múltiplos conceitos que geram mais incertezas que convicções e um lapso na forma de atuação, comunicação e motivação para as questões da comunicação de risco. Na sociedade portuguesa a comunicação de risco não é eficaz e quando ocorre, baseia-se numa prática de persuasão em detrimento de colaboração, com ênfase nos riscos tecnológicos, nomeadamente, que ocorrem em estabelecimentos de elevada perigosidade. Esta constatação foi um elemento crucial para compreender a existência de uma lacuna e uma motivação para a exploração destas questões. O principal desafio desta investigação é o de desenvolver uma abordagem metodológica de apoio à criação de uma comunicação e governância de risco suporte para a construção de uma cultura coletiva corresponsável e preparada para melhor enfrentar a ocorrência de risco. A metodologia de investigação apoiou-se numa análise comparada de três estudos de caso: furacão Katrina, sismo de L’Aquila e triplo desastre do Japão, que refletem a incapacidade de dar uma resposta atempada, a falta de preparação do indivíduo e como consequência, a perda de vidas humanas. Os principais resultados apontam que, em todos os estudos de caso se verificam falhas na comunicação e governância de risco. A investigação prosseguiu para o estudo de uma comunidade localizada num território de risco (Setúbal), com a análise de exercícios ocorridos à escala real, complementada com a realização de um questionário que permitiu integrar na investigação representações e perceções dos envolvidos. Isto permitiu concluir que Setúbal, pela prática continuada de modelos de participação ativa em exercícios à escala real, pode vir a constituir uma comunidade de prática, um exemplo tipo a ser replicado por outras comunidades. Finalmente a tese propõe um Modelo de Capacitação Social incorporando a Governância de Risco de processo contínuo, diálogo genuíno e construção de discurso coletivo, gerador de capital intelectual e social passível de institucionalização, fundamentado na confiança e conhecimento crítico. Como principais conclusões verifica-se que os mecanismos de comunicação e governância de risco constituem instrumentos de apoio essenciais para ajudar a lidar responsavelmente com os riscos, constituindo as comunidades de prática um suporte de apoio à construção do conhecimento coletivo imprescindível para assegurar a maturidade do cidadão e a capacidade de respostas das entidades face à ocorrência de risco. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/19877 |
| Designação: | Doutoramento em Ambiente e Sustentabilidade |
| Aparece nas colecções: | FCT: DCEA - Teses de Doutoramento |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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| Santos_2016.pdf | 8,78 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
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