Jazz Networks: Europe, Identity, and Cultural Policies

Abstract

This study focuses on identifying the ways in which people involved in jazz practices in Europe connect and operate. This research is based on a multi-sited ethnography of two different and complementary case studies: a European jazz festival, 12 Points; and a Portuguese netlabel, Sintoma Records. In order to establish these connections, the study juxtaposes the various discourses produced by the ground actors and their practices. An interdisciplinary and transversal ethnographic approach was made in order to challenge traditional and linear narratives around jazz and Europe, and concepts such as jazz, national and panEuropean identities. Drawing on Philip Bohlman’s notion of Europe as a culture of cities, this thesis examines to what extent jazz in Europe embodies a network practice. Subsequently, it proposes the mapping of several layers of jazz networking in Europe: as formal and/or informal social structures, and as local and/or international professional relationships that enable music-making. The observation of 12 Points showed how the boundaries between formal and informal networks are challenged, and revealed which pressing issues are being debated the most among European jazz sectors. Whereas Sintoma Records demonstrated how independent musicians operate in order to produce and disseminate their music when confronted with a hostile economic backdrop and extensive changes in the traditional roles of the music industry. Both case studies confirm Bruce Johnson’s theory (2002) that jazz is created and reinvented in the process of being disseminated and practiced. This thesis analyses to what extent jazz practices contribute to negotiate and construct different assertions of national and European identities. Moreover, it is examined the relationship between jazz practices and European cultural production and policies. This study aims to bring a relevant and formalised insight on current European jazz, and to be of significant value in setting agendas for jazz in Europe in the future.

Esta investigação identifica de que forma se interligam e operam os diversos sectores de jazz na Europa, a partir duma etnografia multi-situada de dois estudos de caso diferentes e complementares: um festival de jazz europeu, 12 Points; e uma netlabel Portuguesa, Sintoma Records. Para estabelecer essas conexões, foi feita uma análise comparativa entre os vários discursos produzidos pelos atores e as suas práticas. Foi conduzida uma abordagem etnográfica interdisciplinar e transversal, a fim de questionar as narrativas tradicionais e lineares acerca de jazz e de Europa, e os conceitos centrais de identidade de jazz, nacional e pan-europeia. A partir do conceito de Bohlman sobre a Europa enquanto uma cultura de cidades, analisa-se em que medida o jazz na Europa se revela uma prática de redes. Propõe-se o mapeamento de várias camadas de redes de jazz na Europa: enquanto estruturas sociais formais e/ou informais, e enquanto relações profissionais locais e/ou internacionais. Enquanto o caso 12 Points mostrou de que modo são desafiadas as fronteiras entre redes formais e informais de jazz na Europa e revelou as questões centrais no debate entre os seus diversos sectores; o caso Sintoma Records demonstrou como músicos independentes operam a fim de produzirem e divulgarem a sua música num contexto económico adverso e perante uma ampla alteração dos papéis tradicionais da indústria musical. Ambos os estudos de caso confirmam a teoria de Bruce Johnson (2002) de que o jazz é criado e reinventado no processo de ser disseminado e praticado. Analisa-se em que medida as práticas de jazz contribuem para a construção das noções de identidade nacional e europeia, e a relação entre essas práticas e a produção e políticas culturais europeias. Este estudo pretende oferecer uma visão estruturada sobre a actualidade do jazz na Europa, acrescentando valor significativo na definição de agendas para o jazz na Europa no futuro.