Developing The Firm Under the Innovation Paradigm: A vision of Industry 4.0 in European industries, Industry 4.0 maturity measurement, and integration-related innovativeness

Abstract

The pace of technological development in the last quarter of the XX century and the first quarter of the XXI century has made technological innovation a source of competitive advantage. While some firms have been able to easily recognize this fact, several others have been slower in grasping all the managerial challenges that come with a world more interconnected, more virtualized, and where data may become valuable information. Industry 4.0 is a term that originated in the context of German Industrial policy in the second decade of the XXI century, looking to encapsulate the possibilities offered to manufacturing by certain emerging technologies like IoT, CPS, CC, AM, or BDA. As a label that is part of an institutional discourse that associates technological innovation and the outcomes of the 4th Industrial Revolution, quite rapidly became the common denominator of industrial policies in several European countries. The application of the new technologies to production processes results in interconnectivity, interoperability, virtualization, collaboration, and information transparency at the factory level but also impacts the relationships with suppliers and customers. Available data from the Eurostat showed three different dimensions that characterize Industry 4.0 implementation across the European Union: Industry 4.0 Infrastructure, Big Data Maturity, and Industry 4.0 Applications. It also showed five profiles, according to the relative distribution of each dimension: Infrastructure Focused, Average -> Laggards, Infrastructure Leaders, Big Data Leaders, and Applications Leaders. The combination of the dimensions and the profiles allowed for the characterization of Industry 4.0 implementation across countries and economic sectors. The sector, more than the country, better explains the Industry 4.0 divide across Europe. At the individual firm level, however, a more detailed assessment of the degree of Industry 4.0 implementation demands an integrated overview, beyond the pace of adoption of new technologies. Because integrating these new technologies into productive processes generates new types of operations, new value propositions, and new ways of creating and managing relationships with suppliers and customers, the whole value chain is impacted. As such, Industry 4.0 also requires the firm to recognize the need to develop some capabilities that allow it to adapt and transform and to be able to manage knowledge and technological resources. Therefore, to understand the degree of maturity of Industry 4.0 implementation at the firm level, and to allow for cross-firm comparisons on the maturity level of that implementation, an integrated perspective must consider the value chain manifestations and the availability of the necessary enablers. Also at the individual firm level, higher integration with suppliers and customers is made possible by new technologies or more collaborative business practices. Under the ecosystem paradigm, firms commit their specific resources to develop complex, multi-contributed value propositions, together with other firms, forming collaborative relationships that go beyond the linear supply chain and that are studied under the ecosystem framework. Absorptive capacity is a resource firms may apply to deepen integration with suppliers and customers. Innovativeness, or the propensity of the firm to innovate, is positively impacted by customer integration and proactivity in understanding customers’ needs. Furthermore, innovativeness positively influences the ability of firms to implement changes in the value-capturing mechanisms that constitute their business model, which ultimately allows capturing value from the ecosystem’s activities.

O ritmo de desenvolvimento tecnológico no último quartel do século XX e no primeiro quartel do século XXI tornou, mais do que nunca, o desenvolvimento tecnológico numa fonte de vantagens competitivas para as empresas. Enquanto que algumas empresas têm reconhecido rapidamente este facto, outras tem sido mais lentas a lidar com os desafios associados a um mundo mais conectado, mais virtualizado e onde os dados se podem transformas em informação com valor. O termo Indústria 4.0 tem origem no contexto da política industrial alemã da segunda década do século XXI que procura agregar as possibilidades proporcionadas à indústria por algumas tecnologias emergentes como IoT, CPS, CC, AM ou BDA. Enquanto parte de um discurso institucional que associa a inovação tecnológica e os resultados da 4ª Revolução Industrial, o termo Indústria 4.0 tornou-se muito rapidamente o denominador comum das políticas industriais em vários países. A aplicação das novas tecnologias aos processos produtivos resulta em interconectividade, interoperabilidade, virtualização, colaboração e transparência da informação ao nível da fábrica, mas também nas relações com fornecedores e clientes. Os dados disponíveis do Eurostat mostraram três diferentes dimensões que caracterizam a implementação da Indústria 4.0 na União Europeia: Infraestrutura da Indústria 4.0, Maturidade em Big Data e Aplicações da Indústria 4.0. Também apresentaram cinco perfis, de acordo com a presença relativa de cada dimensão: Focados em Infraestrutura, Médios ->Atrasados, Líderes em Infraestrutura, Líderes em Big Data e Líderes em Aplicações. A combinação das dimensões e dos perfis permitiu caracterizar a implementação da Indústria 4.0 entre países setores de atividade. O setor, mais do que o país, explica o desfasamento na implementação da Indústria 4.0 na Europa. No entanto, ao nível da empresa, uma avaliação mais detalhada do grau de implementação da Indústria 4.0 exige uma visão geral integrada, que vá além do ritmo de adoção de novas tecnologias. De facto, uma vez que a integração destas novas tecnologias nos processos produtivos gera novos tipos de operações, novas propostas de valor e novas formas de criar e gerir relações com os clientes, toda a cadeia de valor é afetada. Como tal, torna-se também necessário que a empresa reconheça a necessidade de desenvolver algumas capacidades que lhe permitam adaptar-se, transformar-se e ser capaz de gerir o conhecimento e os recursos tecnológicos. Para uma correta compreensão do grau de maturidade da implementação da Indústria 4.0 ao nível da empresa, e para que seja possível uma comparação entre empresas do grau de maturidade dessa implementação, uma perspetiva integrada deve considerar as manifestações da cadeia de valor e a disponibilidade dos facilitadores necessários. Também ao nível da empresa individual, uma maior integração com fornecedores e clientes é permitida pelas novas tecnologias ou práticas empresariais mais colaborativas. Sob o paradigma do ecossistema, as empresas comprometem os seus recursos específicos para desenvolver propostas de valor complexas e multi-contribuídas, em conjunto com outras empresas, formando relações colaborativas que vão além da cadeia de abastecimento linear e que são estudadas sob o enquadramento dos ecossistemas empresariais. A capacidade de absorção é um recurso que as empresas podem aplicar para aprofundar a integração com fornecedores e clientes. A propensão da empresa para inovar é influenciada positivamente pela integração com os clientes e pela proatividade na compreensão das necessidades destes. Além disso, a propensão para inovar influencia positivamente a capacidade de implementação de alterações nos mecanismos de captura de valor que constituem o modelo de negócio, o que, em última análise, permite à empresa capturar valor das atividades do ecossistema.