Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/183349
Título: O gradiente social no diferencial de fecundidade em Portugal : uma comparação entre mulheres nativas e não nativas
Autor: Freitas, Daniela Filipa Parrinha
Orientador: Augusto, Gonçalo Figueiredo
São João, Ricardo Miguel Vieira de
Palavras-chave: Fertilidade
direitos reprodutivos
classe social
fatores socioeconómicos
migração internacional
Fertility
reproductive rights
social class
socioeconomic factors
international migration
Data de Defesa: 2025
Resumo: RESUMO - Introdução: Apesar do crescente conhecimento sobre desigualdades sociais na saúde, o efeito da posição socioeconómica na saúde reprodutiva em Portugal é pouco explorado. Este estudo investiga o gradiente social na fecundidade, analisando como a posição socioeconómica pode influenciar o diferencial de fecundidade entre nativas e não nativas. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal com dados do Inquérito à Fecundidade 2019, envolvendo 4493 mulheres (3982 nativas; 511 não nativas). Utilizando estatística descritiva, estimou-se e comparou-se o diferencial médio de fecundidade por grupo etário, escolaridade, rendimento, situação laboral, classe social e região de residência. Através da análise inferencial, com testes de hipótese, medidas de associação e Regressão Logística Multinomial, aferiu-se o efeito das variáveis nesse diferencial. Resultados: O diferencial foi negativo, principalmente entre mulheres mais velhas, com educação superior, nativas com rendimentos intermédios e não nativas com rendimentos altos. Na modelação, nativas apresentaram expectativas mais alinhadas com o desejado; mulheres com baixa escolaridade, maior possibilidade de ter mais filhos; e aquelas com rendimento médio-baixo, menor possibilidade de exceder esse número. Residir na AML e no Norte aumentou a possibilidade de fecundidade abaixo do desejado relativamente ao Sul, enquanto não nativas residentes há 11-15 anos apresentaram mais do dobro das possibilidades de ter menos filhos comparadas às que chegaram depois. A classe social não foi significativa. Conclusões: Há indícios de um gradiente social na fecundidade em Portugal. A educação é um fator mais consistente nos desafios reprodutivos e o rendimento revela-se mais complexo. Para reduzir as desigualdades, são necessárias políticas integradas promotoras da saúde e dos direitos reprodutivos.
ABSTRACT - Introduction: Despite growing knowledge about social inequalities in health, the effect of socioeconomic status on reproductive health in Portugal is underexplored. This study investigates the social gradient in fertility, analyzing how socioeconomic status may influence the fertility differential between native and non-native women. Methodology: A cross-sectional study was conducted using data from the 2019 Fertility Survey, involving 4,493 women (3,982 native; 511 non-native). Descriptive statistics were used to estimate and compare the average fertility differential by age group, education, income, employment status, social class, and region of residence. The effect of variables on this differential was assessed through inferential analysis, including hypothesis testing, association measures and Multinomial Logistic Regression. Results: The differential was negative, particularly among older women, those with higher education, native with intermediate income, and non-native with higher income. In the modeling, native women had expectations more aligned with the desired outcomes; women with low education had a greater likelihood of having more children; and those with lower-middle income had a lower likelihood of exceeding that number. Living in the Lisbon Metropolitan Area and in the North region increased the likelihood of fertility below desired levels compared to the South, while non-native residing in Portugal for 11-15 years had more than double the likelihood of having fewer children compared to those who arrived later. Social class was not significant. Conclusions: There is evidence of a social gradient in fertility in Portugal. Education is a more consistent factor in reproductive challenges, while income proves to be more complex. To reduce inequalities, integrated policies promoting health and reproductive rights are necessary.
URI: http://hdl.handle.net/10362/183349
Designação: Mestrado em Saúde Pública
Aparece nas colecções:ENSP - Dissertações de Mestrado em Saúde Pública



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