Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10362/177974| Title: | Neologismos em textos de economia |
| Author: | Martins, Susana Duarte |
| Keywords: | Reduções linguísticas Acrónimos Siglas Neologia Economia |
| Issue Date: | 3-Apr-2023 |
| Abstract: | As siglas e os acrónimos constituem-se como os tipos de neologia mais produtivos no âmbito das reduções linguísticas (Duarte Martins, 2004, 2015). A menor atenção que lhes é conferida nos estudos neológicos contrasta com a importância que os estudiosos atribuem aos fenómenos de siglação e acronímia enquanto responsáveis por processos de criatividade lexical nas línguas. De facto, não obstante as múltiplas propostas avançadas para a classificação da neologia lexical e terminológica, as siglas e os acrónimos surgem sempre entre as suas tipologias (Sablayrolles, 1997; Cabré, 2006; Jesus, 2018): neologia formal, sintagmática, por composição, morfológica, sintática, morfossintática, produção autóctone, a partir de elementos existentes ou como tipologia independente. A análise de textos da imprensa económica permite-nos identificar casos paradigmáticos de reduções de base acronímica, em particular, empréstimos da língua inglesa correspondentes a acrónimos motivados (Percebois, 2001), responsáveis pela disseminação de estereótipos discriminatórios (países PIGS, GIPSI, STUPID) ou com conotações positivas (BRICS, EAGLEs), a espelhar o comportamento económico de várias nações. Outrora associada a acrónimos pejorativos, a economia portuguesa viu crescer a sua credibilidade, não apenas entre as agências de rating internacionais, mas pela associação do então ministro das Finanças ao maior futebolista português, sendo este apelidado de “Ronaldo do ECOFIN” (Economic and Financial Affairs Council) pelo seu homólogo alemão. Por outro lado, as mudanças rápidas a que siglas e acrónimos se veem sujeitos podem ter efeitos nefastos por força do seu desconhecimento, como sucedeu com o político português Fernando Negrão que, em fase de eleições (2007), confundiu o extinto IPPAR (1992-2006) com o subsequente IGESPAR (2006-2011), atualmente DGPC. Estes exemplos ilustram o impacto que os fenómenos de siglação e acronímia exercem sobre a imagem de indivíduos, entidades ou nações, manifestando a sua elevada capacidade de criação de neologismos, sobretudo sob a forma de acrónimos com fins irónicos ou humorísticos. |
| Description: | UIDB/03213/2020 UIDP/03213/2020 |
| Peer review: | yes |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/177974 |
| DOI: | https://doi.org/10.29327/1199365 |
| Appears in Collections: | FCSH: CLUNL - Documentos de conferências internacionais |
Files in This Item:
| File | Description | Size | Format | |
|---|---|---|---|---|
| 527747.pdf | 81,1 kB | Adobe PDF | View/Open |
Items in Repository are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.











