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dc.contributor.authorVieira, Susana-
dc.date.accessioned2025-01-14T21:23:36Z-
dc.date.available2025-01-14T21:23:36Z-
dc.date.issued2020-
dc.identifier.issn2693-9231-
dc.identifier.otherPURE: 106203131-
dc.identifier.otherPURE UUID: 8652f2d3-13b4-4c85-8c13-411578067eef-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10362/177441-
dc.descriptionUIDB/00657/2020 UIDP/00657/2020-
dc.description.abstractO ensaio propõe, a partir de “Exortação à entrada do poeta em abril” e “Incitação lírica ao crime legítimo” de Maria Velho da Costa, abordar a temática da voz que, de silenciada, reage a um corpo condicionado pela “censura e ditadura” (Censorship and Dictatorship). Estes textos-corpo(s), escritos no limiar, fazem-nos refletir sobre o indivíduo, que se sabe numa frágil e incerta dimensão entre-tempos. O abismo agudiza-se no testemunho de Português, trabalhador, doente mental (da mesma autora) e encontra analogia na distorção da figura humana de Francis Bacon, acentuando a necessidade de regresso ao grito primordial — ponderação sobre a violência íntima, a sublinhar o valor e a redefinir a noção de liberdade enquanto ideia de libertação. Confrontar o texto de Maria Velho da Costa com a imagem de Francis Bacon — análise suportada teoricamente por Didi-Huberman e Barthes — permite conceptualizá-lo como imagem de um corpo, primeiro, em sofrimento, depois, em fruição de um prazer enquanto traço distintivo de uma mudança assinalada por experimentalismos que se plenificam numa sem-forma. O seu poder anímico provocará um efeito de Verfremdung que nos levará a pensar a deformidade como um processo censório feito de fora para dentro, pois distorcer o corpo-língua é uma forma de censurar a ditadura e denunciar a censura. Pela audácia de expor o medo e a culpa, Maria Velho da Costa constrói um corpo que, alheio a uma ideia normativa e desvestido do “colete imposto à sintaxe”, articula-se numa anatomia diferente, que não dite, mas igualmente não guarde. Sendo o texto-corpo-imagem desmembrado, refletiremos sobre a relevância e o ressignificado da ideia de fragmento, como repercutente potencial de uma voz até então silenciada.en
dc.format.extent10-
dc.language.isopor-
dc.relationinfo:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB%2F00657%2F2020/PT-
dc.relationinfo:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDP%2F00657%2F2020/PT-
dc.rightsopenAccess-
dc.subjectMaria Velho da Costa-
dc.subjectDitadura-
dc.subjectFrancis Bacon-
dc.subjectSDG 16 - Peace, Justice and Strong Institutions-
dc.titleEstá aqui um grito-
dc.typearticle-
degois.publication.firstPage216-
degois.publication.lastPage225-
degois.publication.titleTinta-
degois.publication.volume1-
dc.peerreviewedyes-
dc.description.versionpublishersversion-
dc.description.versionpublished-
dc.title.subtitleDe uma voz perdida a um corpo em devir-
dc.contributor.institutionInstituto de Estudos de Literatura e Tradição (IELT - NOVA FCSH)-
Aparece nas colecções:FCSH: IELT - Artigos em revista nacional com arbitragem científica

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