Parental childhood vaccine hesitancy and the National Vaccination Programme, in Portugal

Abstract

ABSTRACT - Introduction: Vaccine hesitancy is increasing in the European Union, despite the invaluable contribution of vaccination for populations’ health. This study aims to estimate the proportion of parental childhood vaccine hesitancy (PCVH) and to determine vaccination and Portuguese National Vaccination Programme (NVP) associated factors. Methods: A cross-sectional study was performed using an anonymous online questionnaire directed to parents of children aged 17 months old or less living in Portugal. An exploratory factor analysis was performed and five dimensions were created: 1. vaccine confidence; 2. access to enough/reliable information about vaccines; 3. access to NVP; 4. vaccination schedule; 5. trust in healthcare professionals’ information about vaccines. Its scores were extracted, and used in crude and adjusted logistic regression analyses, to estimate its association with PCVH. Results: PCVH proportion was estimated at 1.8% (95% Confidence Interval – 95% CI: 1.0%-3.0%; n=790). Vaccine confidence (adjusted Odds Ratio – aOR=0.29, 95% CI: 0.14-0.54), vaccination schedule (aOR=0.31, 95% CI: 0.15-0.58) and trust in information about vaccines provided by health professionals (aOR=0.30, 95% CI: 0.16-0.53) were protective dimensions of PCVH. Discussion and Conclusion: The low proportion of PCVH observed is coherent with the high immunisation coverage in Portugal. High confidence in vaccines is closely linked to low vaccine hesitancy. Aspects of the vaccination schedule, such as the number of simultaneous vaccines, contribute to parents’ decision on child’s vaccination. Health professionals play an important role in addressing this problem. Strategies focused on these dimensions may contribute to PCVH reduction.

RESUMO - Introdução: A hesitação vacinal está a aumentar na União Europeia, apesar do inestimável contributo da vacinação para a saúde da população. Este estudo pretende estimar a proporção de hesitação vacinal em pais de crianças (HVPC) e determinar que fatores da vacinação e do Programa Nacional de Vacinação (PNV) lhe estão associados. Métodos: Foi realizado um estudo transversal utilizando um questionário online anonimizado, dirigido a pais de crianças até aos 17 meses, residentes em Portugal. Foi efetuada uma análise fatorial exploratória e criadas cinco dimensões: 1. confiança nas vacinas; 2. acesso a informação suficiente/confiável sobre vacinas; 3. acesso ao PNV; 4. esquema vacinal; 5. confiança na informação sobre vacinas dada pelos profissionais de saúde. Os scores foram extraídos e utilizados em regressões brutas e ajustadas, para estimar a sua associação com a HVPC. Resultados: A proporção de HVPC foi de 1,8% (IC 95%: 1,0%-3,0%; n=790). Confiança nas vacinas (ORa=0,29, IC 95%: 0,14-0,54), esquema vacinal (ORa=0,31, IC 95%: 0,15- 0,58) e confiança na informação sobre vacinas dada pelos profissionais de saúde (ORa=0,30, IC 95%: 0,16-0,53) foram dimensões protetoras de HVPC. Discussão e Conclusão: A reduzida proporção de HVPC obtida é coerente com a elevada cobertura vacinal em Portugal. Uma elevada confiança nas vacinas está fortemente relacionada com reduzida hesitação vacinal. Aspetos do esquema vacinal, como o número de vacinas em simultâneo, contribuem para a decisão dos pais em vacinar as crianças. Os profissionais de saúde desempenham um papel importante neste âmbito. Estratégias focadas nestas dimensões podem contribuir para reduzir a HVPC.