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http://hdl.handle.net/10362/16326
Registo completo
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.author | Ferreira, Ana Sofia de Matos | - |
dc.date.accessioned | 2016-01-25T15:26:01Z | - |
dc.date.available | 2018-12-01T01:30:14Z | - |
dc.date.issued | 2015-12 | - |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10362/16326 | - |
dc.description.abstract | A problemática do recurso à luta armada para derrubar a ditadura em Portugal gerou discussões, debates e rupturas no seio da oposição portuguesa muito antes de terem surgido as primeiras organizações que realizaram acções armadas. Foi no rescaldo da campanha para as eleições presidenciais de 1958, perante o apoio popular à campanha de Humberto Delgado, candidato da oposição, e a constatação da dimensão da fraude eleitoral, que ocorreram as primeiras discussões acerca da inevitabilidade recorrer à violência armada para derrubar a ditadura. Porém, apenas na década de 70 as circunstâncias políticas, económicas e sociais no país favorecem o aparecimento de outras organizações armadas. Os quase dez anos de guerra colonial tinham desgastado o regime e as manifestações contra a guerra eram cada vez maiores, com o numero de desertores e refractários a crescer de ano para ano. Ao mesmo tempo, o pais ia-se industrializando e terciarizando; assistia-se ao crescimento da classe média, da escolarização, da emigração e a uma mudança de mentalidade, trazida pelo acesso cada vez maior ao que se passava no mundo. Seria neste contexto que as formas tradicionais de oposição, baseadas em manifestações pacíficas e abaixo-assinados, são sentidas como ultrapassadas e ineficazes e começam a proliferar as organizações marxistas-leninistas que teorizavam sobre a luta armada e concebiam planos de acções armadas contra o regime, aumentando o número daqueles que defendiam que o regime só cairia com o recurso à violência. Em 1967, a LUAR, levava a cabo a primeira acção armada contra o regime, o assalto à agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz, para obter dinheiro que seria utilizado no financiamento de futuras acções armadas. Em 1970, o Partido Comunista Português, depois de um prolongadíssimo período de maturação, avançava com a ARA que levou a cabo a primeira acção em Outubro desse ano, a sabotagem ao navio Cunene que participa da logística de apoio à guerra colonial. Em 1971, foram as Brigadas Revolucionárias que desencadearam a primeira acção, um atentado bombista contra o Quartel da Nato na Fonte da Telha. Até ao 25 de Abril de 1974, várias acções armadas seriam cometidas por estas organizações, com a particularidade de apenas atingirem o aparelho repressivo e militar do regime, e de seguirem o princípio irredutível de não fazer vítimas mortais entre os civis. O 25 de Abril de 1974, corresponderia ao epílogo de um processo de contestação armada ao Estado Novo que foi acelerando nos seus derradeiros anos. | pt_PT |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.relation | Apoio Financeiro da FCT | pt_PT |
dc.rights | openAccess | pt_PT |
dc.subject | Luta armada | pt_PT |
dc.subject | Violência política | pt_PT |
dc.subject | Oposição | pt_PT |
dc.subject | Esquerda radical | pt_PT |
dc.subject | Guerra colonial | pt_PT |
dc.subject | Marcelismo | pt_PT |
dc.subject | Armed struggle | pt_PT |
dc.subject | Political violence | pt_PT |
dc.subject | Radical left | pt_PT |
dc.subject | Colonial war | pt_PT |
dc.subject | Opposition | pt_PT |
dc.title | Luta Armada em Portugal (1970-1974) | pt_PT |
dc.type | doctoralThesis | pt_PT |
thesis.degree.name | Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História | pt_PT |
dc.identifier.tid | 101498217 | - |
dc.subject.fos | História Contemporânea | pt_PT |
Aparece nas colecções: | FCSH: DH - Teses de Doutoramento |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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