Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10362/162943| Título: | Conhecimentos e atitudes sobre vacinação e sobre vacinas contra a Febre Amarela e contra a Hepatite A de viajantes e migrantes portugueses que recorrem a consulta de aconselhamento |
| Autor: | CESA, Ilda Natércia dos Santos |
| Orientador: | TEODÓSIO, Rosa IGREJA, Ricardo |
| Palavras-chave: | Doenças tropicais Febre amarela Hepatite A Vacinação Medicina das viagens Migrantes portugueses |
| Data de Defesa: | Nov-2023 |
| Resumo: | Introdução: Com a crescente facilidade das viagens internacionais que potencializa
a disseminação de doenças infeciosas, a vacinação de viajantes internacionais é um
elemento fundamental na prevenção destas infeções. É necessário que estes viajantes
sejam devidamente imunizados, isto é, deve-lhes ser elaborado e apresentado um
esquema de imunização complementar específico em função do seu destino, duração e
tipo de viagem. Assim, pensamos ser urgente a instrução dos mesmos sobre a
vacinação, de modo que cumpram os esquemas de vacinação prescritos, bem como para
que seja impedido o crescimento do movimento anti-vacinação, que em muitos países
tem reduzido a adesão à vacinação. Esta dissertação tem como objetivo caraterizar
conhecimentos e atitudes relativamente à vacinação no geral e às vacinas contra a Febre
Amarela e contra a Hepatite A em viajantes e migrantes portugueses que recorreram a
consulta de aconselhamento a viajantes.
Métodos: No Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa, de Julho a
Agosto de 2019, foi aplicado um questionário anónimo e autopreenchido a viajantes e
migrantes portugueses com idade mínima de 18 anos. Os viajantes preenchiam o
questionário antes ou depois da consulta, alternando os dias de preenchimento antes da
consulta com os dias de preenchimento depois.
Resultados: Dos 876 indivíduos participantes, 453 (51,7%) preencheram os
questionários antes (A) da consulta do viajante, idade média 37 anos, 51,7% do género
feminino, com 45,9% licenciados. Outros 423 (48,3%) preencheram-no depois (D),
idade média 35 anos, 51,3% do género feminino, com 50,7% licenciados. Destino de
viagem maioritário: África 45,4% (A) e 38,6% (D). Principal motivo de viagem:
Turismo com 63,9% (A) e 63,3% (D). Principal fonte de informação: (A) - internet
54,6% e (D) – médico 58,5%. Conhecimentos gerais sobre vacinação: 6,7% (A) e
11,2% (D) responderam corretamente a todas as questões. Atitude em relação à
vacinação: 63,9% (A) e 63,8% (D) tinham uma atitude indefinida e apenas 14% (A) e
14,2% (D) tinham atitude favorável. Conhecimentos sobre vacinação e risco de doença
no destino: hepatite A – 91,9% (A) e 98,6% (D) sabiam da existência da vacina, 40,6%
(A) e 12,2% (D) não sabiam qual a eficácia da vacina, 39,9% (A) e 79,9% (D) tinham o
conhecimento correto do risco da doença no destino, sendo que 69,3% (A) e 76,8% (D)
sabiam que o risco no destino era maior do que em Portugal; enquanto para a febre
amarela 96,6% (A) e 96,4% (D) sabia da existência da vacina, 51,5% (A) e 41,5% (D)
não sabia qual a eficácia da vacina, 38,8% (A) e 57,8% (D) respondeu corretamente
sobre o risco ou não de febre amarela no destino.
Conclusão: A consulta de medicina do viajante teve grande relevância nos
conhecimentos dos indivíduos, uma vez que houve maior nível de conhecimento nos
indivíduos que responderam depois da consulta. Aspetos importantes sobre a vacinação
foram insuficientemente abordados, colocando em risco o entendimento da importância
da adesão à vacinação por parte dos viajantes internacionais. Futuramente os
profissionais de saúde deverão fornecer informações completas sobre a vacinação. Introduction: With the growing easiness of international travels, that enhances the spread of infectious diseases, vaccination of travelers is a fundamental element in the prevention of these infections. It is necessary that these travelers are properly immunized, that is, a complementary immunization scheme must be prepared and presented according to the destination, duration and type of the trip. Therefore, we think it is urgent to educate them about vaccination, so that they comply with the prescribed vaccination schemes, as well to prevent the growth of the anti-vaccination movement, which has reduced adherence to vaccination in many countries. This dissertation aims to portray knowledge and attitudes regarding vaccination in general and vaccines against Yellow Fever and Hepatitis A in portuguese travelers and migrants who look for travelers advice consultations. Methods: An anonymous and self-completed questionnaire was applied to portuguese travelers and migrants, aged at least 18 years old, at the Instituto de Higiene e Medicina Tropical, in Lisbon, from July to August 2019. The travelers filled the questionnaire before or after the consultation, alternating the days of fill before the consultation with the days of fill after. Results: From the 876 participants, 453 (51.7%) completed the questionnaires before (A) the consultation, with age average of 37 years, 51.7% female, and 45.9% graduates. The other 423 people (48.3%) filled it out after (D), with age average of 35 years, 51.3% female, with 50.7% graduated. Main travel destination: Africa 45.4% (A) and 38.6% (D). Main travel reason: Tourism, with 63.9% (A) and 63.3% (D). Main source of information: (A) - internet 54.6% and (D) - doctor 58.5%. General knowledge about vaccination: 6.7% (A) and 11.2% (D) answered all the questions correctly. Attitude towards vaccination: 63.9% (A) and 63.8% (D) had an undefined attitude and only 14% (A) and 14.2% (D) had a favorable attitude. Knowledge about vaccination and disease risk at destination: hepatitis A – 91.9% (A) and 98.6% (D) knew about the existence of the vaccine, 40.6% (A) and 12.2% (D) did not know the effectiveness of the vaccine, 39.9% (A) and 79.9% (D) had the correct knowledge of the risk of the disease at the destination, with 69.3% (A) and 76.8% (D) knowing that the risk at the destination was higher than in Portugal; while for yellow fever 96.6% (A) and 96.4% (D) knew about the existence of the vaccine, 51.5% (A) and 41.5% (D) did not know how effective the vaccine was, 38 .8% (A) and 57.8% (D) answered correctly about the risk or not of yellow fever at the destination. Conclusion: The travel medicine consultation had great relevance in the knowledge of the individuals, since there was a higher level of knowledge in the individuals who responded after the consultation. Important aspects about vaccination were insufficiently addressed, jeopardizing the understanding of the importance of adherence to vaccination by international travelers. In the future, health professionals should provide complete information about vaccination. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/162943 |
| Designação: | Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Saúde Tropical |
| Aparece nas colecções: | IHMT: CT - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| Tese Ilda Cesa - Versão corrigida.pdf | 1,89 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir Acesso Restrito. Solicitar cópia ao autor! |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.











