Prevalence and risk factors for female genital mutilation in Guinea : a cross-sectional study

Abstract

ABSTRACT - Background: Female Genital Mutilation/Cutting (FGM/C) is a procedure that involves the complete or partial removal of the vulva for non-medical purposes. This study aims to estimate the prevalence of FGM/C and its risk factors in Guinea, as the practice's significant short- and long-term health implications make addressing this problem urgent. Methods: Secondary data from Guinea's Individual Record Database of Demographic and Health Survey conducted in 2018-2019 were used in this study (a representative sample of women aged 15-49 years). A binomial logistic regression model was applied to examine the risk factors associated with FGM/C. Results: From the 10874 women selected, 96.0% reported to have been subjected to FMG/C. women aged 25-34yo (Adjusted OddsRatio(AOR)=1.281, 95%CI:1.011-1.622) and 35-49yo (AOR=2.339, 95%CI:1.753-3.121) had a higher chance of being submitted to FGM/C compared to the 15-24yo group. Being Muslim (AOR=12.151, 95%CI:6.821-21.643) is also positively associated with this practice. In contrast, middle (AOR=0.694, 95%CI:0.493-0.976), richer (AOR=0.641, 95%CI:0.455-0.903), and richest (AOR=0more affluent 95%CI:0.390-0.787) categories in the wealth index showed lower odds of being subjected to FGM/C. Using a translator to answer the surveys (AOR=0.336, 95% CI:0.223-0.506) was also associated with a negative answer to the questionnaire. Conclusions: FGM/C was associated with older age and Muslim religion, stressing the importance of early intervention. Using a translator and higher wealth index categories acted as protective factors. Understanding these factors is essential for informing policymakers and executing targeted actions to prevent FGM/C effectively.

RESUMO - Introdução: A Mutilação Genital Feminina/Corte (MGF/C) é um procedimento que envolve a remoção completa ou parcial da vulva por razões não-médicas. Este estudo tem como objetivo estimar a prevalência e fatores de risco da MGF/C na Guiné, visto esta ter consequências a curto e a longo prazo que tornam a sua abordagem urgente. Métodos: Foi utilizada a Base de Dados Individual de Inquéritos Demográficos e de Saúde da Guiné, conduzidos em 2018-2019 (amostra representativa de mulheres entre os 15-49 anos). Foi aplicado um modelo de regressão logística binomial para estudar os fatores de risco associados à MGF/C. Resultados: Das 10.874 mulheres selecionadas, 96.0% afirmaram ter sido submetidas à MGF/C. Mulheres nos grupos etários de 25-34 anos (OddsRatio Ajustado (ORAj)=1,281; IC 95%:1,011-1,622) e 35-49 anos (ORAj=2,339; IC95%:1,753-3,121) apresentaram maior probabilidade de serem submetidas à MGF/C em comparação com o grupo de 15-24 anos. Ser muçulmana (ORAj=12,151; IC95%:6,821-21,643) também mostrou uma associação significativa positiva com esta prática. Por outro lado, as categorias de nível médio (ORAj=0,694; IC95%:0,493-0,976), mais ricas (ORAj=0,641; 95%IC:0,455-0,903) e as mais ricas (ORAj=0,554; IC95%:0,390-0,787) no índice de riqueza mostraram menor probabilidade de serem submetidas à MGF/C. O uso de tradutor para responder aos questionários (ORAJ=0,336; IC95%:0,223-0,506) também foi associado a uma resposta negativa ao questionário sobre esta prática. Conclusões: Idade mais avançada e religião muçulmana estiveram positivamente associadas a esta prática, destacando a importância da intervenção precoce. O uso de tradutor e pertencer a categorias de maior índice de riqueza atuaram como fatores protetores. A compreensão destes fatores é essencial influenciar ações dirigidas e prevenir eficazmente a MGF/C.