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http://hdl.handle.net/10362/150526| Título: | From conflict to coexistence: Exploring impacts of non-formal environmental education activities for inter-generational knowledge transfer regarding Human-Elephant Interaction |
| Autor: | Azevedo, Nicole Katharina Gerkrath Teixeira de |
| Orientador: | Nuno, Ana Margarida Guimarães Pires, Iva Maria Miranda |
| Palavras-chave: | Coexistência Conflito Homem-Elefante Conflito Homem-Fauna Bravia Crianças Educação Ambiental Transferência de conhecimento Pais Children Coexistence Conservation Environmental Education Human-ElephantConflict Human-Wildlife-Conflict Knowledge Transfer Parents |
| Data de Defesa: | 14-Dez-2022 |
| Resumo: | Anthropogenic activity often causes direct or indirect landscape change resulting in the fragmentation of habitats and degradation of essential ecosystems and harming of biodiversity. Protected areas can function as an effective solution and cornerstone to conservation, especially when well managed and sufficiently funded, also potentially playing important roles for human health and well-being. However, conflict is often observed when wildlife populations of protected species recover, or communities settle inside protected areas or their direct vicinity, often putting wildlife and human populations at risk. Wildlife engaging in crop raiding or predators attacking livestock are the most observed forms of conflict, resulting in injury or loss of live for both, humans and animals, as well as destruction of crops, or property and psychological stress. Law enforcement, community engagement through participatory management, economic incentives, and conservation education measures are some of the strategies employed to mitigate Human-WildlifeConflict. Environmental education activities are increasing worldwide with the objective to prepare for the implementation of the Sustainable Development Goals, to foster understanding and protection of Nature and its biodiversity, and ultimately to promote harmonious coexistence between people and wildlife. School children are easy to reach and in many places they are targeted for intergenerational knowledge transfer from child to parents and the wider community conveying messages aimed to positively influence environmental behaviour. However, regular assessment and evaluation of environmental education activities are scarce, and little is known regarding their outcome for changes of attitude and behaviour towards ecosystems and wildlife. Using the Gorongosa National Park (GNP) in Mozambique, as a case study, where Human-Elephant Conflict (HEC) is growing, and the park’s human development and conservation teams are testing different mitigation strategies, the present study aims to explore potential effects of an environmental education campaign on intergenerational learning (from children to parents) and change in knowledge, perception and attitudes. To do so, I assessed the findings of two surveys, one pre- and one post intervention questionnaire, administered in seven communities of the park’s buffer zone, heavily affected by HEC during the year 2021, with the aim to analyze potential positive effects of non-formal environmental education interventions on conflict mitigation. Additionally, I evaluated whether knowledge transfer had occurred from children to parents with potential positive effects for the wider community, motivating coexistence. The results of the pre- and post-tests indicate a good baseline knowledge of all participants, with a positive knowledge gain in the post-test, regarding biological and behavioural traits of elephants. However, a clear link between the knowledge gain of parents and that of children in the sense of intergenerational knowledge transfer, could not be established. The post-test results of many participants, particularly the children and mothers indicate a positive change of attitudes. A similar change was also reflected in a more positive indication for behaviour of participants towards elephants. These findings suggest that the buffer zone communities support GNPs strategies towards coexistence. To gain deeper insight to participants’ perceptions and attitudes, complementary research is recommended, using mid- and long-term studies and qualitative data collection via interviews or focus groups. Alternative research methods guaranteeing participants’ anonymity are also recommended, given the cultural, economic and educational imbalance between researchers and community members. Atividade antropogénica provoca frequentemente alterações diretas e indiretas na paisagem e resulta na fragmentação de habitats, degradação de ecossistemas e perda de biodiversidade. Áreas protegidas podem ser um pilar e uma solução eficaz para a conservação, especialmente aqueles que são bem geridas e que dispões de meios de financiamento adequados, ainda podem ter um papel importante para a saúde e o bemestar humano. No entanto, muitas vezes podemos observar conflitos provocados pela recuperação de populações de fauna bravia ou espécies protegidas, ou por comunidades que vivem em áreas protegidas ou na sua direta vizinhança, constituindo uma ameaça para a fauna bravia e a população humana. Animais selvagens que estragam colheitas ou predadores que atacam gado são as formas de conflito observados com mais frequência, resultando em ferimentos ou perdas de vida, tanto para pessoas como animais, assim como na destruição de colheitas ou propriedades e sofrimento psicológico. Uma fiscalização reforçada, ações de desenvolvimento humano através da gestão participativa, incentivos económicos e medidas de educação de conservação são algumas das estratégias implementadas para mitigar o conflito entre Homem e fauna bravia. A nível mundial atividades de educação ambiental estão a crescer com o fim de preparar para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de criar uma melhor compreensão e proteção da Natureza e da sua biodiversidade, e com o objetivo final de promover uma coexistência harmoniosa entre pessoas e fauna bravia. Em muitos sítios é mais fácil alcançar as crianças em idade escolar que frequentemente se tornam alvo para transferir conhecimento para os pais e a comunidade em geral divulgando mensagens ambientais. No entanto, avaliações regulares dessas atividades de educação ambiental são raras, e pouco se sabe em relação aos resultados no que diz respeito a mudanças de atitude e comportamento perante o ecossistema e a fauna bravia. Usando o Parque Nacional da Gorongosa (PNG) em Moçambique, como caso de estudo, onde o conflito entre Homem e fauna bravia está a crescer, e as equipas de desenvolvimento humano e de conservação do parque estão a implementar estratégias diferentes para a mitigação do conflito, a presente pesquisa visa explorar os potenciais efeitos de uma campanha de educação ambiental para aprendizagem intergeracional (da criança para os pais) e a mudança de conhecimento, perceção e atitudes. Para tal, examinei os resultados de dois inquéritos, um pré- e um pós-intervenção, administrados em sete comunidades da zona tampão do parque, que durante o ano 2021 foram gravemente afetados pelo conflito entre Homem e elefante, com o objetivo de analisar os potenciais efeitos positivos de atividades não formais de educação ambiental para a mitigação de conflito. Adicionalmente, analisei se ocorreu transferência de conhecimento da criança para os pais com potenciais efeitos positivos para a comunidade em geral, a fomentar coexistência. Os resultados dos pré- e pós-testes indicam um bom conhecimento base com um acréscimo positivo de conhecimento em relação a características biológicas ou comportamentais dos elefantes. No entanto, não foi possível estabelecer uma ligação clara entre o aumento de conhecimento no sentido de transferência de conhecimento dos pais para as crianças. Os resultados dos pós-testes, especialmente das crianças e das mães, indicam uma mudança positiva de atitude. Uma alteração semelhante também pode ser observada na indicação de um comportamento mais positivo perante elefantes. Os resultados dos testes sugerem que as comunidades da zona tampão apoiam as estratégias do PNG para a coexistência. Para conseguir uma compreensão mais detalhada sobre as perceções e atitudes dos participantes recomenda-se estudos adicionais de média e longa duração, recorrendo a análise qualitativa através de entrevistas ou grupos focais. Também se recomendam métodos de pesquisa alternativos que visam proteger o anonimato do participante, perante o desequilíbrio cultural, económico e educacional que existe entre pesquisadores e os membros da comunidade. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/150526 |
| Designação: | Mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos |
| Aparece nas colecções: | FCSH: DS - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
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| Tese mestrado EHPSC Final Version10.01.2023.pdf | 22,29 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
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