Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/143775
Título: Essays on gender-based health inequalities: women’s morbidity disadvantage and gendered help-seeking behaviours
Autor: Roxo, Luis Filipe de Almeida
Orientador: Perelman, Julian
Dias, Sónia
Palavras-chave: depression
gender
health inequalities
masculinity
social determinants of health
depressão
desigualdades em saúde
determinantes sociais de saúde
género
masculinidade
Data de Defesa: 2022
Resumo: ABSTRACT - Background: Gender-based health inequalities are characterized by a paradox, in which men live shorter but women report worse health and greater morbidity. Although the women’s disadvantage extends to common mental disorders, the treatment gap for depression is higher among men. In this dissertation we extend previous knowledge by investigating the recent patterns of women’s morbidity disadvantage and its determinants, and the gendered differences in health service utilization, focusing the case of depression. Methods: We use multi- and single-country data and multivariate statistical methods: to longitudinally assess the evolution of gender inequalities in self-reported health in 27 European countries, between 2004 and 2016, and the association with measures of societal gender equality; to assess the association between job characteristics (part-time, occupational status, job instability) and self-reported health and depression of employed mothers in Portugal (coupled and lone); to assess gender differences in health service utilization for depression among middle-aged and older adults, using cross-sectional and longitudinal data; and to assess the association between gender and barriers for depression treatment (unrecognized need and affordability concerns). Results: Women are 17% more likely to report bad health than men, but this disadvantage ceases to exist after adjusting for education and employment status. Women’s disadvantage has not significantly decreased since 2004, in general or within subgroups. Gender inequalities were larger among countries with greater Gender Equality Index and among low-educated persons. Among employed mothers, working part-time is associated with depression (among coupled and lone mothers) and poor health (only among coupled mothers). Coupled mothers with a high-skill job are more likely to be depressed, but, among lone mothers, we noticed an inverse association between the two variables. Depressed men are less likely than women to use health services, and this difference is higher among the longitudinal sample (suggesting previous underestimation of the gender gap in cross-sectional studies). The gender gap is larger among those with low education and less financial strain. Among those using services, men seem more likely to remain depressed. Depressed men are more likely to report they do not need services, and that they cannot pay for mental health services. This difference persists after adjustments for education, income quintile, severity of symptoms, and health insurance. vi Conclusion: Findings show the persistence of women’s disadvantage in morbidity and its socioeconomic determinants, while gendered family arrangements may compromise the health of coupled employed mothers. By contrast, masculinity norms seem to impact men’s help-seeking behaviours for depressive symptoms and their engagement with treatments. Public policies should tackle the overrepresentation of women among groups with lower social resources and promote reconciliation between work and family, while gender-sensitive health services may improve mental health outcomes among men.
RESUMO - Introdução: As desigualdades de género em saúde são caracterizadas por um paradoxo: os homens têm menor esperança de vida, mas as mulheres vivem com maior morbilidade. As mulheres têm também maior prevalência de doenças mentais comuns, mas a depressão não-tratada é mais frequente entre homens. Esta dissertação pretende expandir o conhecimento na área das desigualdades de género em saúde, estudando a desvantagem das mulheres ao nível da morbilidade, e a as diferenças de género na utilização de serviços para a depressão. Métodos: Usando dados de Portugal e de vários países, e métodos estatísticos multivariados, pretendemos: avaliar longitudinalmente a evolução de desigualdades de género na saúde auto-reportada, em 27 países europeus, entre 2004 e 2016, e a associação com medidas de igualdade de género na sociedade; avaliar a associação entre características do emprego (tempo parcial, nível de qualificação, instabilidade) e a saúde auto-reportada e a depressão de mães trabalhadoras em Portugal (mães solteiras e com parceiro); avaliar diferenças de género na utilização de serviços de saúde para a depressão entre adultos de meia- e terceira-idade, através de dados transversais e longitudinais; avaliar a associação entre género e barreiras para o tratamento da depressão (não reconhecimento de necessidade de tratamento, e dificuldades em pagar pelos serviços). Resultados: A probabilidade de reportar “má” saúde é 17% maior nos homens que nas mulheres, mas esta desvantagem deixa de existir após ajustes para educação e estatuto ocupacional. A desvantagem das mulheres não diminuiu significativamente desde 2004, na amostra geral, ou por subgrupos. As diferenças de género são maiores entre pessoas com nível educacional baixo e nos países com Índice de Igualdade de Género mais elevado. Entre mães trabalhadoras, trabalhar a tempo parcial está associado com depressão (mulheres com ou sem parceiro) e pior saúde (apenas mães com parceiro). Mães com parceiro com um emprego mais qualificado têm maior probabilidade de ter depressão, mas, entre mães solteiras, a associação entre as duas variáveis inverte-se. A probabilidade de consultar serviços para a depressão é inferior nos homens que nas mulheres, e esta diferença é superior na amostra longitudinal (sugerindo uma subestimação das diferenças de género em estudos transversais). A diferenças entre géneros é superior entre pessoas com baixo nível educacional e com menores dificuldades financeiras. Entre as pessoas que usam serviços, os homens têm maior probabilidade de continuar com depressão. Os viii homens com depressão têm maior probabilidade de indicar que não precisam de serviços, e que não podem pagar por serviços de saúde mental. A diferença mantém-se após ajustar para estatuto socioeconómico, severidade de sintomas e seguros de saúde. Conclusão: Os resultados dos estudos indicam a persistência da desvantagem das mulheres na morbilidade e a associação com determinantes sociais de saúde (por exemplo, nível educacional, estatuto ocupacional, rendimento). A saúde das mães trabalhadoras com parceiro parece condicionada por formas de funcionamento familiar ancoradas em papéis de género tradicionais. Os comportamentos de procura de tratamento para a depressão parecem influenciados por crenças de masculinidade. Estes resultados reforçam a necessidade de combater a sobre representação das mulheres nos grupos com menos recursos, e de promover a conciliação entre o trabalho e família. O desenvolvimento de serviços de saúde sensíveis à dimensão do género poderá melhorar a saúde mental dos homens.
URI: http://hdl.handle.net/10362/143775
Designação: Doctoral Programme “Global Public Health”
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