Responsabilidade social empresarial

Abstract

Corporate Social Responsibility (CSR) has been a controversial concept since its existence in the 20th century. While for some, it was seen as beneficial for society and a moral responsibility of companies, for others, it was seen as an obligation and expense for companies, and which should be borne by the State and not by the companies. It was in the 90s that CSR began to gain momentum, greatly due to external factors. Thus, companies began to adopt a different perspective and values. Specific issues such as business ethics, the discussion on a company’s social interest and its significance, the importance of stakeholders for the company and the type of relationship that should be had with them, helped as a whole to pave the way to accept and apply CSR. Companies are agents that are aware of what is happening in society and of topics being discussed and valued by the community at large. From the way that companies view profit maximization, production chain, customers and responsible investors, companies feel compelled to be socially responsible, which implies that more and more companies wish to incorporate CSR principles in their business activity. Socially responsible companies tend to be better perceived by customers, have a sustainable production which improves environmental quality, have a favourable image and reputation, attract new clients, skilled employees and commercial investors. At the same time, the company’s value is increased and strengthened, presenting a competitive advantage in comparison to competing companies and providing opportunities for publicity through social marketing. These factors that result from CSR allow to deduce that CSR positively affects the business performance of companies. Thus, we propose in the present dissertation, to analyze CSR and the possibility of it coexisting with a company’s profitability and profit maximization. Keywords: ; ; Social Marketing; Stakeholders; Sustainable Development.

A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é um tema que desde o seu surgimento no séc. XX originou controvérsia. Enquanto por uns foi vista como algo benéfico para a sociedade e como uma responsabilidade moral das empresas, por outros foi vista como um encargo e custo para as empresas, que não devia ser suportado por as mesmas, mas sim pelo Estado. Foi a partir dos anos 90 que a RSE começou a ganhar mais força, o que deveu-se em grande parte a fatores externos. Assim, as empresas começaram a adotar uma postura e valores diferentes. Nomeadamente, a ética empresarial, a discussão sobre o interesse social da empresa e o que tal significava, a importância dos stakeholders para a empresa e o tipo de relação que as devem ter face aos mesmos, serviu no seu conjunto para pavimentar a aceitação e aplicação da RSE. As empresas são agentes que são sensíveis aquilo que existe na sociedade e às coisas que são discutidas e valorizadas pela comunidade em geral. Desde a forma como as empresas encaram a maximização do lucro, a cadeia produtiva, a existência de figuras como o consumidor e investidor responsável, fazem com que as empresas sintam-se compelidas a ser socialmente responsáveis, o que implica que cada vez mais empresas queiram incorporar os princípios de RSE com a atividade empresarial. Empresas socialmente responsáveis tendem a ser melhor percecionadas pelos consumidores, têm uma produção mais sustentável o que aumenta a qualidade ambiental, têm melhor imagem e reputação, atraem novos clientes, melhores trabalhadores e investidores comerciais. Paralelamente há um fortalecimento e melhoria do valor da empresa, vantagem competitiva face a empresas concorrentes e oportunidades de divulgação/publicidade através do marketing social. Estes fatores decorrentes da RSE, permite-nos deduzir que a RSE afeta positivamente a performance empresarial das empresas. Assim, propomo-nos na presente dissertação a analisar teoricamente a RSE e a possibilidade de a mesma coexistir com a função lucrativa das empresas e com a maximização do lucro.