O Pragmatista Desafia o Crente

Abstract

Tanto a filosofia como a teologia podem induzir categorialmente a uma relação privilegiada com Deus. Contudo, nem uma nem outra se livram facilmente da acusação de tematizar o Absolutamente Outro e com isso quebrar a sua alteridade radical. Além do mais, essa tematização é intramundana, pelo que pode não fazer qualquer justiça à realidade divina. É precisamente ao assumir de forma radical esse desafio, através de uma perspectiva rortiana, que se pretende encontrar finalmente uma predicação sustentada sobre Deus, tão blindada quanto possível face às críticas relativizantes. Para isso, temos de sair ultimamente de uma ordem linguística onto-epistemológica para alcançar uma ordem práxico-amorosa. Philosophy, as much as theology, can categorically induce a privileged relation with God. Still, neither one nor the other easily escape the accusation of thematizing the Absolute Other and, therefore, break its radical otherness. Besides, this thematization is intermundane, so it may not do justice to divine reality. It is precisely with the radical assumption of such challenge, through a Rortyan perspective, that one intends to finally find a supported prediction on God, as shielded as possible in the face of relativizing criticisms. To achieve it, we must ultimately leave a linguistic onto-epistemological order to reach a praxical-loving order.