Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10362/11573
Título: | Às armas : o republicanismo na literatura portuguesa entre o 31 de Janeiro e o 5 de Outubro |
Autor: | Gomes, António Manuel Martins |
Palavras-chave: | Republicanismo Literatura Portuguesa |
Data de Defesa: | 2007 |
Editora: | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Resumo: | Os textos literários propostos para análise neste trabalho pertencem a um período de redacção e publicação compreendido entre 1891 e 1910; quanto ao grau da sua abordagem, tanto se regista a referência mais insignificante a personagens ou episódios relacionados com a presença do republicanismo em Portugal, como se disseca ao pormenor o seu conteúdo ideológico, colocado em confronto com os valores do regime vigente. Não existindo, à excepção do artigo já referido de Seabra Pereira, um tratamento exaustivo do tema desta dissertação, tornou-se necessário, como o demonstra a sua extensa bibliografia, recorrer a textos provenientes de outras áreas disciplinares, tais como a ciência política, a retórica, a filosofia, a sociologia, a comunicação social, e sobretudo a História. Indiquemos alguns contributos capitais para o desenvolvimento da nossa investigação: A Propaganda Republicana (1870-1910), obra onde Amadeu Carvalho Homem comenta a transição da geração doutrinária para a activa; O Cinco de Outubro, onde Jacinto Baptista dá relevo ao processo conducente à implantação da República Portuguesa, recorrendo ao exemplo de alguns textos históricos e literários produzidos nas duas décadas anteriores; Da “Regeneração” à República, em cuja obra Joel Serrão procede a um estudo da sociedade portuguesa entre o início do século XIX e 1910, bem como do sentimento de religiosidade presente na ideologia republicana a partir da revolta militar de 31 de Janeiro de 1891; e O republicanismo em Portugal – da formação ao 5 de Outubro de 1910, onde Fernando Catroga aborda as origens e as características principais deste movimento, a sua base social de apoio, bem como a adopção da via violenta pela sua última geração para conquistar o poder. A utilização da História nunca foi rejeitada no acto de criação literária, pertença este ao domínio da prosa, da lírica, ou do drama. Na verdade, um escritor pode atribuir a um determinado acontecimento do passado uma simples função de enquadramento cenográfico, apenas com a finalidade estética de adornar o espaço e a acção das personagens; porém, o enriquecimento da obra literária ocorre sobretudo quando esse mesmo evento contribui para esta se tornar também um veículo de propaganda ideológica, ou seja, um exemplo moralizador e apelativo à consciência social e política dos seus leitores. |
Descrição: | Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Doutor em Estudos Anglo-Portugueses |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/11573 |
Aparece nas colecções: | FCSH: DEPOR - Teses de Doutoramento |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
antoniogomes.pdf | 2,92 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.