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http://hdl.handle.net/10362/10104
Título: | O corpo sem orgãos da arquitectura |
Autor: | Rodrigues, Susana Patrícia Ventura |
Palavras-chave: | Gilles Deleuze Corpo (e corpo intensivo) Espaço (e espaço intensivo) Corpo sem Órgãos Corpo esquizofrénico Obra de arquitectura Plano de Composição Matéria expressiva Sensação Diller + Scofidio Lacaton & Vassal Peter Zumthor Atmosfera Arquitectura intensiva |
Data de Defesa: | Jun-2013 |
Editora: | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Resumo: | O corpo sem órgãos da arquitectura expõe o problema do corpo sem órgãos, como prática experimental deleuziana sobre o corpo, em arquitectura. Com implicações mais vastas, considera, num primeiro nível, o problema do corpo sem órgãos na filosofia de Gilles Deleuze, onde corresponde à construção do próprio corpo sem órgãos de Deleuze, da qual são apresentadas cinco nuvens de conceitos. As nuvens de conceitos formam-se a partir dos conceitos criados por Deleuze, que povoam o seu plano de imanência e respondem ao problema do corpo. A sua constante mutação e transformação, como a sua não representatividade, advêm das próprias metamorfoses que os conceitos originaram nas sucessivas obras de Deleuze, privilegiando-se a linha a-histórica dos mesmos, em que uma nova aglomeração nublosa se apresenta a cada ruptura, salto ou mudança brusca de direcção de um determinado conceito e, consequentemente, da sua vizinhança. Não obstante, as nuvens de conceitos formam, igualmente, a história do corpo sem órgãos de Deleuze. Num segundo nível, efectua-se a passagem para a arquitectura, assumindo-se que o corpo sem órgãos é aquele de Deleuze e implica uma prática experimental criadora de uma obra intensiva, que tem início, precisamente, no corpo intensivo. Em arquitectura, o problema do corpo sem órgãos permite pensar sobre o processo criativo do arquitecto, a partir da construção de um intervalo de espaço-corpo intensivo e da matéria que ocupa este intervalo (o composto de sensações), que compõe uma atmosfera (ou hecceidade), em detrimento de uma análise dos instrumentos e das técnicas, que cada arquitecto utiliza para criar. Num último nível, que corresponde ao início da investigação que precede a presente obra (a observação in loco da criação de uma obra singular, em vários ateliers de arquitectura), coloca-se o problema do corpo sem órgãos relativamente ao método de um arquitecto específico (entendendo-se por método, todos os meios e artifícios, desde os visíveis, aos obscuros, até aos invisíveis e moleculares). Assim, a obra apresenta, por último, o corpo sem órgãos de Peter Zumthor, identificando os vários momentos desta construção e as respectivas implicações, desde o mergulho no Caos, a fabricação do inconsciente resultante na imagem-memória, a criação de uma obra intensiva e a composição de uma atmosfera, à proliferação infinita de matérias expressivas, que constituem o estilo singular deste arquitecto. O exemplo do corpo sem órgãos de Peter Zumthor permite compreender, acima de tudo, o que é que a construção de um corpo sem órgãos implica e o que desta advém: uma arquitectura intensiva. Ao longo da obra, são, igualmente, referidos outros exemplos de arquitectos e diferentes obras, como são, também, criados vários conceitos que pretendem responder a outros problemas, que a construção de um corpo sem órgãos, em arquitectura, faz nascer. Nomeadamente, o tipo de sensações que, apenas, a obra de arquitectura e o habitar intensivo criam: a sensação de tempo eterno (o tempo sensível ou Aiôn), de movimento intensivo ou permanência, de leveza, de intimidade... |
Descrição: | Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Filosofia (área de especialização: Estética) |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/10104 |
Aparece nas colecções: | FCSH: DF - Teses de Doutoramento |
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