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http://hdl.handle.net/10362/9066| Título: | Azuis ultramarinos: propaganda colonial nas actualidades filmadas do Estado Novo e censura a três filmes de autor |
| Autor: | Ramos, Maria do Carmo Piçarra |
| Orientador: | Grilo, João Mário |
| Palavras-chave: | Colonialismo Estado Novo Censura |
| Data de Defesa: | Fev-2013 |
| Editora: | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
| Resumo: | Esta investigação é um contributo para o estudo sobre como, durante o Estado Novo, Portugal "imaginou" o modelo político colonial através do cinema e como este traduziu ou "criticou" reconfigurações ideológicas. Nesse âmbito analiso as actualidades cinematográficas de propaganda do regime Jornal Português (1938-50) e Imagens de Portugal (1953-70) contrapondo-lhes três filmes de autor censurados: Catembe (1965), Esplendor selvagem (1972) e Deixem-me ao menos subir às palmeiras... (1972). Como é que as actualidades filmadas de propaganda olharam o "modo português de estar no mundo"? E como é que esse olhar cinematográfico se (con)formou em função da ideologia do regime? Por outro lado, quando emerge a geração do Novo Cinema, quais as evidências da (im)possibilidade de um olhar disruptivo, quanto ao memorial fílmico constituído, em obras de autor proibidas? Esta proposta, que pretende reter um "clarão" do "homem imaginado" pelo cinema produzido durante o Estado Novo, dispõe um campo/contracampo que faz imergir o imenso fora de campo. Um "clarão" ilumina a amplitude do que não foi visto pelo cinema-olho accionado ou por um programa político ou por uma sensibilidade de autor. Através de um exercício de "conhecimento-montagem", recrio "imagens-clarão" analisando sequências-monádas e propondo fragmentos dos debates sobre os filmes. Deixo, em aberto, leituras possíveis resultantes da aproximação entre as imagens propostas pela propaganda e as imagens proibidas pela mesma. Como se atraem e/ou se repelem? O "arquivo" que criei através da aproximação de imagens é parcelar - por muitos sentidos que encerre e que simultaneamente abra em termos de leituras possíveis. Sustento que as imagens que olhei, analisei e que, assumindo uma postura ética, quis resgatar da invisibilidade permitem accionar, através da rememoração e da (re)montagem, um conhecimento do colonialismo português, do modo como foi "imaginado" pelo discurso político e de como a ordem do discurso foi questionada a partir de imagens da própria propaganda que, "apesar de tudo", irromperam da realidade escapando à conformação, e por uma "margem" que emergiu no centro - "margem de certa maneira" que acciona o pensamento sobre a realidade colonial. |
| Descrição: | Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Ciências da Comunicação |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/9066 |
| Aparece nas colecções: | FCSH: DCC - Teses de Doutoramento |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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