Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10362/7999| Título: | O fascínio e o terror da natureza em Fernando Pessoa |
| Autor: | Lopes, Teresa Rita |
| Data: | 2003 |
| Editora: | Colibri |
| Resumo: | Impõe-se, para começar, pôr em causa duas idéias feitas: a de que Alberto Caeiro, o Mestre da família pessoana, é um "poeta da Natureza", como ele a si próprio se apelidou, e a outra, mais geral, de que a Natureza é paisagem. Convém lembrar que Pessoa foi um citadino assumido. Nasceu e morreu em Lisboa, passou oito anos numa cidade da África do Sul, Durban, e fez nascer em três cidades diferentes de Portugal os seus heterônimos: Alberto Caeiro em Lisboa, Álvaro de Campos em Tavira e Ricardo Reis no Porto. É verdade! até Caeiro nasceu numa cidade, Lisboa, apesar de ter ido muito novo viver para o campo - para o Ribatejo. Instado por um amigo, Francisco Cabral Metelo, a quem fez o favor de um prefácio, a ir passar uns tempos com ele no campo, na quinta dos pais. Pessoa respondeu, declinando o convite, que tinha o espírito "insuficientemente panorâmico"'. E para melhor exprimir o anti-bucolismo dessa sua alma citadina ainda acrescentou que "há árvores, pedras, flores, rios que são tão estúpidos que parecem gente". Também convém não esquecer que, numa célebre carta a João Gaspar Simões, que ele sempre gostou de arreliar. Pessoa desmistifica os seus "fingimentos" autobiográficos que o exegeta tinha interpretado ao pé da letra, lembrando-lhe que "o sino da sua aldeia" era o da Igreja dos Mártires, ali ao Chiado - onde até por sinal fora baptizado. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/7999 |
| ISSN: | 0871-2778 |
| Aparece nas colecções: | Revista da FCSH - 2003 |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| RFCSH15_153_163.pdf | 7,38 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.











