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http://hdl.handle.net/10362/7998Registo completo
| Campo DC | Valor | Idioma |
|---|---|---|
| dc.contributor.author | Rubim, Gustavo | - |
| dc.date.accessioned | 2012-10-18T09:34:34Z | - |
| dc.date.available | 2012-10-18T09:34:34Z | - |
| dc.date.issued | 2003 | - |
| dc.identifier.issn | 0871-2778 | - |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10362/7998 | - |
| dc.description.abstract | Haverá lugar para a idéia do fonógrafo enquanto máquina poética? Será legítimo falar de uma poética do fonógrafo? Para tais perguntas podemos imaginar uma resposta a dois tempos. Em primeiro lugar - mas não se trata de hierarquia - responderemos num plano que é simultaneamente teórico e etimológico. Com efeito, a fonografia deixa-se aproximar, pela sua própria definição, da idéia mesma de poesia: a escrita da voz, SL inscrição gráfica da phôné, a grafia servindo de veículo à transmissão e ao registo da sonoridade vocal. Porque é indiscutível ser assim que uma certa idéia da poesia nos chega da proveniência grega: na poesia, o poeta/a/fl, mesmo que nem sempre fale em seu nome. A precedência da fala sobre a grafia (agora sim, precedência hierárquica) é constitutiva desta velha noção "fonográfica" (entre aspas, claro) da poesia, com toda a distância histórica que a separa da invenção do fonógrafo - da máquina com esse nome - e mau grado todas as dúvidas que sempre rodearam a escrita alfabética como dispositivo de gravação efectiva (verdadeira) da voz que a precede (em todos os sentidos). Se a escrita pôde aparecer como simulação, mesmo falsificação, do discurso falado, isso sô confirma esta metafísica da voz na sua radical desconfiança quanto aos poderes singulares atribuídos à escrita. A antigüidade desta concepção não é, por outro lado, motivo para a afastarmos em absoluto da invenção histórica, muito recente, do fonógrafo. Pelo contrário: a narrativa já clássica da evolução dessa máquina, de Edison aos "nossos dias", faz-se precisamente em torno do objectivo instrumental da gravação, do graphós, face à voz ou aos sons que se pretendem registados com uma precisão crescente, isto é, com uma "verdade" ou "autenticidade" sempre maior em cada passo dessa evolução. | por |
| dc.language.iso | por | por |
| dc.publisher | Colibri | por |
| dc.rights | openAccess | por |
| dc.title | Mudar o registo - da fonografia considerada do ponto de vista poético | por |
| dc.type | article | por |
| degois.publication.firstPage | 139 | por |
| degois.publication.lastPage | 151 | por |
| degois.publication.location | Lisboa | por |
| degois.publication.title | Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas | por |
| degois.publication.volume | 15 | por |
| Aparece nas colecções: | Revista da FCSH - 2003 | |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| RFCSH15_139_151.pdf | 13,95 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
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