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http://hdl.handle.net/10362/34657
Título: | A Mocidade Portuguesa na era dos fascismos : o enquadramento da juventude no Estado Novo (1936-1945) |
Autor: | Queiroz, Maria Inês Pires Soares da Costa |
Orientador: | Rosas, Fernando |
Palavras-chave: | Organização Nacional Mocidade Portuguesa História política Propaganda política História de Portugal Fascismo Organizações juvenis Associativismo juvenil Estado Novo, 1933-1974 Concordata |
Data de Defesa: | Mai-2008 |
Resumo: | O trabalho que aqui se entrega à leitura resulta do estudo sobre o processo de constituição e afirmação da Organização Nacional Mocidade Portuguesa, enquanto mecanismo de enquadramento da juventude pelo Estado Novo, em finais dos anos trinta. Cultivados em ambiente de progressiva consolidação institucional do regime na primeira metade da década, os projectos que geraram o organismo finalmente trazido à luz política em 1936 tinham já esboçado a essência do modelo de “educação nacional” imaginado pelo salazarismo. Por outro lado, o calendário da sua criação, em vésperas de eclosão da Guerra Civil espanhola e em pleno reposicionamento dos regimes fascistas no mapa europeu, associou a Mocidade Portuguesa ao período estado-novista de cunho mais fascizante. Destinada a desenvolver integralmente a capacidade física, a formação do carácter e a devoção à Pátria1 do jovem, constituindo-se organizações específicas para cada sexo, a Mocidade Portuguesa (assim remetendo para a organização masculina) assumiu o papel de escultor do “homem novo”, mental, moral e fisicamente formado pelo Estado – e para o Estado – na ordem corporativa, cristã e nacionalista. Numa primeira leitura, entendemos assim a Mocidade Portuguesa enquanto instrumento “educador” produzido pelo Estado Novo com o fim de ocupar o espaço vago nos tempos de sociabilização do jovem, auto-definida como complementar à acção da escola e da família, embora experimentando uma fórmula de enquadramento totalitário na preparação integral das gerações que deveriam assegurar a herança do regime. Inerente à intenção de entregar ao Estado a responsabilidade educativa do sector juvenil, a organização estaria ainda associada à selecção das futuras elites dirigentes – marca, aliás, que viria a ser característica com a sua duração no tempo, muito para além do campo de análise estimado pelo trabalho presente – “recrutando” nas fileiras da Mocidade alguns dos filiados mais entusiastas que ascenderam internamente nos seus corpos directivos, depois captados para a acção política alinhada com o regime. Esta minoria representaria, em última instância, um dos garantes da continuidade do Estado Novo. |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/34657 |
Designação: | Dissertação de Mestrado em História |
Aparece nas colecções: | FCSH: DH - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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