Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/20445
Título: Biofortificação de arroz (Oryza sativa L.) em selénio e implicações na composição nutricional
Autor: Oliveira, Karliana Silva
Orientador: Lidon, Fernando
Palavras-chave: Arroz
Biofortificação
Selénio
Selenito e Selenato
Data de Defesa: 2017
Resumo: O arroz representa, a nível mundial, um dos cereais com maior relevância do ponto de vista social e económico. O Selénio (Se) é um antioxidante considerado essencial na saúde humana. A deficiência em Se tem tido repercussões negativas na qualidade de vida das populações em vários países. Como forma de minimizar este défice, têm sido propostas estratégias de melhoramento de plantas e de biofortificação agronómica para aumentar a ingestão de Se no ser humano. O principal objetivo deste estudo foi o desenvolvimento de tecnologia para produção de arroz biofortificado naturalmente em Se, com potencial utilização na produção de farinha destinada a produtos alimentares. Foram implementados ensaios de campo com delineamentos experimentais casualizados em dois anos consecutivos (2013 e 2014), no Ribatejo. Utilizaram-se duas variedades comerciais (Ariete e Albatros) e duas linhas avançadas portuguesas (OP1105 e OP1109) obtidas pelo INIAV. Em 2013 procedeu-se à aplicação foliar de Se sob a forma de selenato de sódio (Na2SeO4) e selenito de sódio (Na2SeO3), em 5 concentrações (0, 4, 20, 30 e 60 g Se ha-1), em blocos com e sem adubação de fundo com selenato (92,69 g Se ha-1). Em 2014 foi aplicado Se sob a forma de selenito e selenato (0, 120, 180 e 300 g Se ha-1) sem adubação de fundo, para aferir os limites de acumulação deste e outros elementos nos grãos. Alguns parâmetros nutricionais e de qualidade (lípidos, açúcares solúveis, proteína, cinzas e cor) foram avaliados na farinha obtida a partir dos grãos biofortificados. A concentração de Se nos grãos aumentou com os teores foliares de selenito e selenato aplicados, verificando-se variabilidade genética entre os genótipos. Albatros biofortificada com selenito destacou-se nos dois ensaios pelos maiores teores de Se acumulados no grão, possibilitando assim uma manipulação tecnológica relevante. O genótipo OP1109 apresentou os maiores valores de peso de mil grãos (PMG) nas biofortificações mais elevadas de cada ano. O Se distribuiu-se uniformemente por todo o grão, tal como o Cu, ao contrário do Fe e do Zn (embrião e região apical do grão) e do K, do Ca e do P (embrião e camadas exteriores do grão). Nos ácidos gordos totais, a biofortificação mais elevada (2014) provocou aumento dos teores em todos os genótipos. Os teores de açúcares solúveis tenderam a aumentar com as concentrações mais elevadas de Se, tal como os teores de proteína. Em síntese, quaisquer dos tratamentos (baixas ou elevadas concentrações de Se, na forma de selenito ou selenato) parecem ser viáveis tendo em vista a acumulação de Se no grão. Contudo, as concentrações de Se a serem aplicadas dependerão da finalidade industrial do arroz. O tratamento com baixas concentrações de Se (30 a 60 g Se ha-1) será mais adequado para a biofortificação de arroz em áreas de cultivo mais extensas, sem comprometer a produção de grãos e os parâmetros nutricionais. Por outro lado, o tratamento com elevadas concentrações (até o máximo de 180 g Se ha-1) será mais adequado em áreas menores de cultivo, permitindo a obtenção de grãos com maior concentração de Se, que poderão ser submetidos ao processamento industrial (i.e., para produção de farinha) e incorporar misturas com farinhas não biofortificadas. Acresce ainda que a aplicação foliar (sem adubação de fundo) foi suficiente para obtenção de resultados satisfatórios, e que esta poderá ser aplicada uma única vez.
URI: http://hdl.handle.net/10362/20445
Designação: Doutoramento em Qualidade Alimentar
Aparece nas colecções:FCT: DCTB - Teses de Doutoramento

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