Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/20335
Título: Estudo de Produção de Grisalhas Históricas
Autor: Machado, Carla Fabiana Vaz
Orientador: Vilarigues, Márcia
Machado, Andreia
Palavras-chave: Vitral
Tratados
Grisalhas
Data de Defesa: Set-2016
Resumo: Este trabalho foca-se no estudo preliminar de tratados e receitas que registam a produção de pintura a grisalha, com o objetivo de investigar e compreender a sua evolução histórica. A investigação inclui uma análise geral dos tratados históricos que descrevem a produção deste tipo de pintura, sua interpretação e identificação das matérias-primas e por último uma tentativa da reprodução de receitas selecionadas. A grisalha é um tipo de pintura sobre o vidro, usada essencialmente para a realização de contornos e sombras, a qual normalmente apresenta tonalidades escuras, entre o preto e o castanho, e é constituída por uma mistura de um vidro moído de alto teor de chumbo, que funciona como fundente, com óxidos metálicos, como o óxido de ferro e o óxido de cobre, responsáveis pela coloração. Foi um dos tipos de pintura sobre o vidro mais usada ao longo dos anos, sendo de grande importância no estudo e conservação desta forma de expressão artística, que é o vitral. Foram selecionadas nove receitas para produção pertencentes a cinco tratados diferentes, datados entre o século X e o século XIX; tratado de Eraclius (século X), tratado de Theophilus (século XII), Antonio de Pisa (séculos XIV-XV), Pierre Le Vieil (século XVII) e tratado de Georges Bontemps (século XIX). Esta escolha permitiu uma análise mais representativa da evolução desta produção ao longo do tempo. Os produtos finais foram caracterizados por microscopia ótica, por emissão de raios X induzida por bombardeamento iónico e por difração de raios X. Estas tintas foram comparadas com grisalhas comerciais da marca Debitus, uma das mais comuns marcas usadas em conservação de vitral, nos estúdios Europeus. Como principais conclusões percebeu-se com a análise dos tratados que a produção de grisalhas não se alterou significativamente ao longo do tempo, existindo no entanto algumas trocas de matérias-primas, como por exemplo a substituição dos metais queimados usados como colorantes pelo uso de ocres e terras como a hematite e a terra d’umbra. Concluiu-se ainda que se verifica uma evolução da morfologia das grisalhas no sentido de uma maior homogeneidade.
URI: http://hdl.handle.net/10362/20335
Designação: Mestrado em Conservação e Restauro
Aparece nas colecções:FCT: DCR - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Machado_2016.pdf8,66 MBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpace
Formato BibTex MendeleyEndnote 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.