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Título: Respostas à crise migratória europeia (2015-2016): Alemanha, Hungria e a antropomorfização da (in)segurança
Autor: Rodrigues, Mónica Enriquez
Orientador: Resende, Madalena Pontes Meyer
Santos, Rui Fernando Pires Henrique dos
Palavras-chave: Crise Migratória Europeia
Securitização
Antropomorfização do Estado
Identidade Nacional
Integração Europeia
Alemanha
Hungria
União Europeia
European Migration Crisis
Securitization
State Anthropomorphization
National Identity
European Integration
Germany
Hungary
European Union
Data de Defesa: 24-Jan-2025
Resumo: A presente dissertação investiga as respostas da Alemanha e da Hungria à crise migratória europeia de 2015-2016, enfocada na forma como a agência estadual de ambas pode constituir expressão antropomorfizada de (in)segurança. Assente na escola construtivista das Relações Internacionais, esta investigação explora o conceito de "state personhood", examinando a forma como os Estados exibem traços associados a indivíduos, no exercício da sua agência. A hipótese central propõe que, as respostas nacionais da Alemanha e da Hungria, manifestam traços antropomórficos, condicionados por processos de securitização e identidade nacional. Ainda, o estudo integra a lente dos Estudos Europeus, para analisar a forma como as identidades nacionais e comunitárias da UE influenciam a abordagem de cada estado para atingir segurança, particularmente durante a crise migratória. Para a Metodologia, o estudo utiliza a análise comparativa do discurso para rastrear variações nas estratégias de securitização da Alemanha e da Hungria, a partir das políticas implementadas e retórica, de figuras e instituições políticas proeminentes. A análise destaca o alinhamento da Alemanha com os princípios de solidariedade da UE, em contraste com a ênfase da Hungria na proteção nacional, onde ambas abordagens afetam a coesão e a identidade da UE. Os resultados sugerem que, sob o contexto do tratamento da crise migratória europeia, as políticas da Alemanha enfatizaram valores europeus comuns, onde a mesma desempenhou o papel antropomorfizado de estado "solidário" no quadro da UE, enquanto a retórica e as políticas da Hungria revelaram uma identidade "protetora", pela asserção da soberania nacional. Tais distinções sublinham o papel da identidade nacional e das políticas securitárias na moldagem das expressões antropomórficas estaduais, as quais, refletem tensões regionais gerais e influenciam as dinâmicas das políticas da UE. A investigação contribui para o quadro teórico à volta de “state personhood”, presente no argumento construtivista, assim como para a especialização dos Assuntos Europeus, por adicionar conhecimentos sobre a inter-relação das identidades nacionais e supranacionais, em tempos de crise comunitária
The present dissertation investigates the responses of Germany and Hungary to the European migration crisis of 2015-2016, focusing on how state actions reflect an anthropomorphized expression of (in)security. Anchored in a constructivist approach to International Relations, this research explores the concept of “state personhood” by examining how states exhibit traits associated with individuals when exercising agency. The core hypothesis proposes that Germany and Hungary’s national responses manifest anthropomorphic traits influenced by securitization processes and national identity. The study further integrates European Studies perspectives to analyze how national and EU community identities influence each country's approach to security, particularly during the migration crisis. For the Methodology, the study utilizes comparative discourse analysis to trace variations in Germany and Hungary’s securitization strategies, using rhetoric and policy frameworks from key political figures and institutions. This analysis highlights how Germany’s alignment with the EU's principles of solidarity contrasts with Hungary's emphasis on national protection, both affecting EU cohesion and identity. Findings suggest that, under the context of the management of the european migration crisis, Germany’s policies emphasized shared European values, portraying the anthropomorphized role of a “solidary” state within the EU framework, while Hungary's rhetoric and policies revealed a “protective” identity, asserting national sovereignty. These distinctions underscore the role of national identity and security policies in shaping anthropomorphic state expressions, which reflect broader regional tensions and influence EU policy dynamics. This research contributes to the theoretical framework of “state personhood” in constructivist discourse, as well as for the specialization of European Affairs, adding insights into the interplay between national and supranational identities in times of communitary crisis.
URI: http://hdl.handle.net/10362/181484
Designação: Mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais, especialização em Estudos Europeus
Aparece nas colecções:FCSH: DEP - Dissertações de Mestrado

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