‘Artificial Families’ within the parish

Abstract

Between the beginning of the twelfth century and the end of the fifteenth century, we estimate in forty the number of confraternities founded in the town of Coimbra. This chapter aims to analyse the developed relationships between the confraternities of Coimbra and the urban parish churches. At first, after a brief general presentation of the documented medieval confraternities of Coimbra, we will identify and describe those established in the parish churches, paying attention to their chronology and main characteristics and functions, as well as the confraternal practices within the parish context. Finally, using a small but significant set of written sources, we will pay particular attention to the interdependent relationships between the studied confraternities and the parish churches where they were based. These relationships are especially clear in the moment when a confraternity was extinctic and its assets were annexed to the church. Therefore, we intend to analyse how this incorporation took place and how it was reflected over time, beyond the existence of the confraternities themselves. Entre o início do século XII e o final do século XV, calcula ‑se em quarenta o número de confrarias fundadas na cidade de Coimbra. Este capítulo tem como objetivo analisar as relações desenvolvidas entre essas confrarias e as igrejas paroquiais urbanas. Numa primeira fase, após uma breve apresentação geral das confrarias medievais documentadas em Coimbra, identificaremos e escreveremos as que se estabeleceram nas igrejas paroquiais, atentando na sua cronologia e nas suas principais características e funções, bem como as práticas confraternais no contexto paroquial. Por último, recorrendo a um pequeno, mas significativo conjunto de fontes escritas, daremos particular atenção às relações de interdepen dência entre as confrarias estudadas e as igrejas paroquiais onde estavam sediadas. Estas relações são particularmente evidentes quando uma confraria se extinguia e o seu património era anexado à igreja. Pretendemos, por isso, analisar como se processava esta incorporação e como se refletia ao longo do tempo, para além da existência das próprias confrarias.