Tipos de Questões: Como Iniciar o Diálogo no Ensino de Filosofia no Ensino Secundário

Abstract

Este relatório relata a experiência do Estágio de Prática de Ensino Supervisionada numa escola secundária, no ano letivo 2023/2024. O relatório está dividido em duas grandes secções. Na primeira secção, intitulada componente científica, exploro os fundamentos teóricos da prática de ensino que experimentei na minha lecionação, o ensino dialógico. Para tal, vou confrontar essa metodologia de ensino com uma outra prática de ensino, o ensino monológico. Depois de estabelecer a diferença e relação entre o ensino dialógico e o ensino monológico, faço uma análise da tipologia de questões que existem em ambos e questiono se existe alguma diferença entre estas. Mais especificamente, analiso as perguntas que definem a sequência clássica da interação em sala de aulas (chamadas IRE), o que me permite introduzir o conceito de questões autênticas, aquelas que são essenciais para o ensino dialógico. Por fim, exploro a articulação entre a relação pedagógica e a iniciação de diálogo. A segunda secção é relativa à descrição, caracterização e reflexão dos aspetos mais importantes da minha Prática de Ensino Supervisionada, na qual tentei aplicar os princípios dialógicos expostos na primeira parte.

This report recounts the experience of supervised teaching practice in a secondary school in the 2023/2024 school year. The report is divided into two main sections. In the first section, entitled the scientific component, I explore the theoretical foundations of the teaching practice I experimented with in my teaching, dialogic teaching. To do this, I compare this teaching methodology with another teaching practice, monologic teaching. After analysing the difference and relationship between dialogic teaching and monologic teaching, I investigate the type of questions that exist in both and whether there are any differences between them. More specifically, I analyse the questions that lead to and define the classic sequence of classroom interaction (called IRE), which leads to the concept of authentic questions, which are essential for dialogic teaching. Finally, I explore the link between the pedagogical relationship and the initiation of dialogue. The second section describes, characterises and reflects on the most important aspects of the internship, where I tried to apply the dialogic principles outlined in the first part.