These Words Hurt! Communicative Strategies to Counter Hate Speech

Abstract

This dissertation is about communicative strategies that social movements can follow to confront hate speech. To achieve this purpose, three strands of theory are covered: political theory, philosophy of language, and argumentation theory. The dissertation is divided into two parts. The first part involves a descriptive study of protests and hate speech in philosophical terms. Chapter 2 argues that protests have a communicative dimension that speech act theory can make explicit. Protests are characterised as group speech acts that express opposition with connected prescriptions for change. Chapter 3 develops a philosophical analysis of hate speech used against social movements. Hate speech is defined as public expressions that discriminate and subordinate the victim by virtue of their membership in (or their representation of) a vulnerable group. It is argued that hate speech subordinates protesters by rendering them not worthy of engagement and of even consideration in the public sphere. In addition, it distorts protests as social threats. The second part of the dissertation proposes a normative analysis of communicative strategies for dealing with hate speech. Chapter 4 lays out the theoretical foundations of the proposal by studying protests and hate speech in argumentative terms. The chapter also studies argumentative strategies for dealing with hate speech that social movements could implement. After outlining the limitations of ‘arguing with hate speakers’ and ‘advocating a dialogue with restrictions’, a strategy of ‘argumentative disobedience’ is suggested as preferable for social movements. Argumentative disobedience occurs when social movements expose the harms of hate speech to bystanders in order to strengthen their position in public debate. Finally, Chapter 5 looks at how the feminist movement in Spain confronted hate speech, showing how protesters devised communicative strategies which I define in terms of ‘argumentative disobedience’.

A presente dissertação versa sobre as estratégias comunicativas que os movimentos sociais podem adotar para fazer frente ao discurso de ódio. Para atingir este objetivo, são abordadas três vertentes teóricas: teoria política, filosofia da linguagem e teoria da argumentação. A dissertação divide-se em duas partes. A primeira parte envolve um estudo descritivo dos protestos e do discurso de ódio em termos filosóficos. O Capítulo 2 defende que os protestos têm uma dimensão comunicativa que a teoria dos atos de fala pode tornar explícita. Os protestos são caracterizados como atos de fala de grupo que expressam oposição com prescrições de mudança associadas. O Capítulo 3 desenvolve uma análise filosófica do discurso de ódio utilizado contra os movimentos sociais. O discurso de ódio é definido como expressões públicas que discriminam e subordinam a vítima em virtude da sua pertença a (ou representação de) um grupo vulnerável. Argumenta-se que o discurso de ódio subordina os manifestantes ao tomá-los como indignos de participação ou mesmo consideração na esfera pública. Além disso, distorce os protestos representado-os como ameaças sociais. A segunda parte da dissertação propõe uma análise normativa das estratégias comunicativas para lidar com o discurso de ódio. O Capítulo 4 estabelece os fundamentos teóricos da proposta, estudando os protestos e o discurso de ódio em termos argumentativos. O capítulo também estuda as estratégias argumentativas para lidar com o discurso de ódio que os movimentos sociais poderiam adotar. Depois de delinear as limitações de ‘argumentar com o praticante do ódio’ e de ‘propor um diálogo com restrições’, sugere-se uma estratégia de ‘desobediência argumentativa’ como preferível para os movimentos sociais. A desobediência argumentativa ocorre quando os movimentos sociais expõem os danos do discurso de ódio aos observadores, a fim de fortalecer a sua posição nos debates públicos. Por último, o Capítulo 5 analisa a forma como o movimento feminista em Espanha confrontou o discurso de ódio, mostrando como os manifestantes conceberam estratégias comunicativas que defino em termos de ‘desobediência argumentativa’.