Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/169229
Título: Memória, Autorrepresentação e Identidade em Fotografia Artística: A Experiência Estética
Autor: Loura, Catarina Figueira de
Orientador: Aparício, Maria Irene
Sequeira, Bruno Pelletier
Palavras-chave: Fotografia
Experiência estética
Memória
Identidade
Autorrepresentação
Photography
Aesthetic experience
Memory
Identity
Self-representation
Data de Defesa: 22-Mai-2024
Resumo: Neste trabalho de projeto iremos analisar as alterações provocadas na experiência estética da fotografia artística bem como as suas consequências na memória, autorrepresentação e identidade. Para isso analisaremos um trabalho artístico da minha autoria, realizado em fotografia analógica de grande formato e por telemóvel. Analisaremos os conceitos teóricos através de pensadores como Bergson, Damásio, Nietzsche sendo as obras de Byung-Chul Han as que mais contribuição deram para a escrita deste projeto. A fotografia é um meio utilizado diariamente em todos os processos de comunicação e que com a aparecimento do smartphone substituiu a comunicação presencial. Se pensarmos que a arte e a sua experiência estética permitem uma comunicabilidade universal, segundo Kant, a fotografia artística transforma-se num meio muito próximo, pela sua divulgação, para experienciarmos experiência estética. Mas a experiência estética através da fotografia artística requer tempo. A passagem da fotografia analógica para a fotografia digital retirou à existência da fotografia o objeto físico. A fotografia digital passou a ter uma existência de duração ínfima (em ecrã), arquivada em cloud e com a finalidade de partilha online. O autorretrato da atualidade através da selfie, passou a ser a forma fotográfica de maior partilha online, sendo o Gosto dos outros utilizadores o objetivo da sua partilha. A fotografia digital passou a retirar-nos da experiência vivida, transformando-a em experiência arquivada. Este modus operandi de nos posicionarmos no instante em que vivemos, como se esse instante se tratasse de passado, transforma-o num mero clique. Este clique, torna o tempo numa variável sem espessura de consciência transportando-nos para uma memória com todos os cliques temporais, mas sem ação no presente, a que chamei “Hipermemória do Vazio”, a autorrepresentação através das selfies, transforma-se numa “Selfie da Ausência” e a identidade numa construção através das Storys online, numa “Anti-identidade”. A experiência estética em fotografia poderá ser um caminho para que possamos refletir sobre esta problemática com recursos próximos dos utilizados na atualidade.
In this project work, we analyze the changes in the aesthetic experience of artistic photography and its consequences on memory, self-representation, and identity. For this purpose, we examine an artistic work of my own creation, executed in large-format analog photography and through smartphone use. We will delve into theoretical concepts through thinkers such as Bergson, Damasio, and Nietzsche, with the works of Byung-Chul Han making the most significant contribution to the writing of this project. Photography is a medium used daily in all communication processes and, with the advent of the smartphone, has replaced face-to-face communication. If we consider that art and its aesthetic experience allow for universal communicability, as Kant suggests, then artistic photography becomes a very accessible medium for experiencing aesthetic beauty. However, experiencing aesthetic beauty through artistic photography requires time. The transition from analog to digital photography removed the physical object aspect of photography. Digital photography now exists briefly (on screen), is stored in the cloud, and is primarily intended for online sharing. The contemporary self-portrait through the selfie has become the most widely shared photographic form online, with the approval of other users as its main goal. Digital photography has started to detach us from lived experiences, transforming them into archived experiences. This way of positioning ourselves in the moment, as if it were the past, reduces it to a mere click. This click turns time into a variable devoid of consciousness, leading us to a memory filled with temporal clicks but no action in the present, which I have termed "Hypermemory of the Void." Self-representation through selfies becomes a "Selfie of Absence," and identity transforms into a construction through online stories, an "Anti-identity." The aesthetic experience in photography could be a pathway for reflecting on this issue using resources similar to those used today.
URI: http://hdl.handle.net/10362/169229
Designação: Mestrado em Estética e Estudos Artísticos
Aparece nas colecções:FCSH: SAEA - Dissertações de Mestrado

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