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http://hdl.handle.net/10362/167618| Título: | Dois retratos da mulher na literatura pós-colonial. Maria Firmina dos Reis e Paulina Chiziane |
| Outros títulos: | Dois retratos da mulher na literatura pós-colonial: Maria Firmina dos Reis e Paulina Chiziane |
| Autor: | Guarda, Maria Inês Godinho |
| Orientador: | Gale, Ana Maria Mão de Ferro Martinho Carver Monteiro, Maria do Rosário |
| Palavras-chave: | Violência Racismo Colonialismo Mulher Romance Identidade Violence Racism Colonialism Woman Novel Identity |
| Data de Defesa: | 22-Jun-2023 |
| Resumo: | Paulina Chiziane nasceu em Manjacaze, no sul de Moçambique, em 1955. Maria Firmina dos Reis nasceu em 1822 em São Luís do Maranhão, no norte do Brasil. Ambas negras. Ambas marcadas pelo colonialismo português e pela distinção social, racial e violenta, do negro sobre o branco. Ambas romancistas pioneiras num tempo e espaço onde o reconhecimento literário pertence aos homens. Nas obras destas autoras, esse
espaço de exclusão votado às mulheres é reconhecido, sendo por via do romance que cada uma expressa o seu direito a uma existência social e política através da abordagem de temas transversais a ambas: a violência do homem sobre a mulher e a desigualdade entre raças. Não obstante os dois séculos que separam Reis e Chiziane, bem como as diferenças geográficas e socioculturais a que cada uma se reporta e que traduzem as mentalidades da sua época, não deixa de ser surpreendente a forma como a leitura de Úrsula (1875) e
de O Alegre Canto da Perdiz (2008) traduz uma realidade sociocultural semelhante e como essa realidade é ainda tão atual. Esta constatação remete-nos para a questão central de como é que, a partir destes romances, podemos comparar estas duas escritoras na forma como abordam a violência do homem branco sobre a sua raça e o seu género. Como se exerce esta violência em cada tempo e sociedade e como é que ela é denunciada por via do romance? Como é que a visão do mundo destas autoras enformou a sua escrita e como
é que, por sua vez, a sua obra, impactou os seus leitores e respetivas sociedades? Finalmente, como é que passados duzentos anos parece que nada mudou apesar do longo caminho que tem vindo a ser feito pelas mulheres e pelos negros na defesa dos seus direitos? Paulina Chiziane was born in 1955 in Manjacaze, in South Mozambique. Maria Firmina dos Reis was born in 1822 in Sao Luis of Maranhao, in the North of Brazil. Both black women. Both aggrieved by the Portuguese Colonialism and the racial and violent social discrimination imposed over their people. Both pioneer novelists in a time and space that vote literary praise solely to men. The exclusion of women from this cultural sphere is acknowledged by these authors in their novels, where they claim their rights to a sociopolitical existence through themes transversal to one another: the violence of men over women and the racial inequality. Despite the two centuries that separate Reis and Chiziane, and the geographical and sociocultural differences pertaining to each author, it is still surprising to verify the similar and actual sociocultural reality described in both Úrsula (1875) and O Alegre Canto da Perdiz (2008). This acknowledgment leads us to the central question of how we can compare these two writers in the way they approach the violence of the white men over their race and sex. How did this violence operated and how is it denounced through these two novels? What perspective did these women have of their world and how did it shape their writing and their respective societies? Finally, how can we understand that two centuries later nothing seems to have changed, despite the achievements of women and the black people in their fights for their rights? |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/167618 |
| Designação: | Mestrado em Português como Língua Segunda e Estrangeira |
| Aparece nas colecções: | FCSH: DEPOR - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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