Sós mas não Esquecidos

Abstract

A solidão é um problema atual com uma dimensão à escala mundial. A Arqueologia, infelizmente, tem-se abstraído do seu estudo, não contribuindo para um maior conhecimento da mesma e respetiva mitigação. Este artigo tem como objetivo demonstrar que é possível fazê-lo. Para isso, após uma primeira reflexão teórica, apresentamos sete situações onde é possível identificar e estudar a solidão. Ainda que conscientes das limitações dos agrupamentos, para simplificar, dividimos os casos em três grandes grupos: situações provocadas por estruturas da sociedade, situações “ignoradas” pela sociedade e estratégias individuais para mitigação da solidão. Pretendemos com este primeiro passo, estimular diferentes abordagens e visões para o futuro estudo da solidão através da arqueologia. Loneliness is a current problem with a worldwide dimension. Unfortunately, Archaeology has not contributed much to its study and mitigation. This article aims to demonstrate that it is possible to do so. After a first theoretical approach, we present seven situations where it is possible to identify and study loneliness. Although aware of the limitation of clustering, for simplification, we divided the cases into three large groups: situations caused by structures in society, situations “ignored” by society and individual strategies for mitigating loneliness. With this first step, we intend to stimulate different approaches and perspectives for the future archaeological study of loneliness.