Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10362/150523| Título: | Modos de cindir para continuar. Uma leitura de A Noite e o Riso e Estação, de Nuno Bragança |
| Autor: | Ferreira, Maria Brás Mendes |
| Orientador: | Anghel, Golgona Luminita Rubim, Gustavo Maximiliano Florêncio |
| Palavras-chave: | Nuno Bragança Cisão Inexperienciável Objecto parcial Linguagem Sujeito Infância Metonímia Split Inoperositá Partial Object Language Subject Infancy Metonymy |
| Data de Defesa: | 10-Jan-2023 |
| Resumo: | O sujeito e o escritor do século XX debatem-se com uma impotência discursiva, generalizada e aparentemente condicionante, decorrente do problema identificado por Walter Benjamin em “O Contador de Histórias”: a progressiva incapacidade do homem de contar histórias. A esta persistente e problemática afasia, de princípio ou fim de uma época, segue-se um novo critério para narrar, outro critério de autoridade para a escrita: o inexperienciável, conceito defendido por Giorgio Agamben em Infância e História. Já não é a experiência a autorizar a narrativa e o direito à palavra, mas tudo aquilo de que se não possa formar experiências. Tendo por objectos de estudo A Noite e o Riso (1969) e Estação (1984), de Nuno Bragança, procuraremos ler a sua obra como modo de resistir, pela escrita e pela literatura, a essa impotência histórica e paradigmática, que passará – o que não comporta um paradoxo, como veremos – por proceder a mecanismos de sabotagem (fazer a des-obra) no interior do texto, como ressalva de sentido. Identificaremos dois movimentos textuais fundamentais: um baseado numa estrutura metonímica e contra-metonímica, compreensiva de objectos parciais, ao jeito de figuras fictícias dentro de uma cena fictícia maior, continente, em A Noite e o Riso; o outro movimento, concentrando as atenções em Estação, define uma presença imanente das imagens, como regime do ínfimo, na relação com um olhar politizado sobre o leitor, como lance para o exterior do texto, como modo de ligação reflexiva da vida em comum. The subject and the writer of the 20th century struggle with a discursive generalized impotence, resulting from the identified problem by Walter Benjamin in “The Storyteller”, meaning the human progressive inability to tell stories. This persistent and problematic aphasia, from the beginning or the end of an era, is followed by the emergence of a new criterion for narrative, another authority’s foundation for writing: the inoperositá, a concept created by Giorgio Agamben in Infancy and History. It is no longer experience that authorizes telling stories but, on contrary, everything from which experiences cannot be formed. Our literary objects for this research are A Noite e o Riso (1969) and Estação (1984), by Nuno Bragança, whose work we will read as a way of resisting, through writing and literature, facing the historical and paradigmatic impotence of speech, narrative and meaning, which will proceed, not paradoxically, with mechanisms of textual self-sabotage (the un-work), as a trust of sense. We identify two literary main movements: one of a narrative operation through a metonymic and counter-metonymic structure, by the formation of partial objects in the manner of fictional figures within a larger fictional scene, in A Noite e o Riso; a second part of the thesis focuses on Estação, on the immanent presence of images, as a regime of the infimum, in close relation with a politicized look at the reader, as a throw to the outside of the text, as a reflective thought about life in a community. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/150523 |
| Designação: | Mestrado em Estudos Portugueses |
| Aparece nas colecções: | FCSH: DEPOR - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| Tese final 2.MBF.pdf | 6,66 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir Acesso Restrito. Solicitar cópia ao autor! |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.











