Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10362/138221| Título: | Estudo ecológico sobre a mortalidade materna: tendências, fatores correlacionados e políticas/intervenções de sucesso para sua mitigação em países em desenvolvimento, no período de 2000 a 2020 |
| Autor: | SIABO, Xadreque Carlos |
| Orientador: | MARTINS, Maria do Rosário Oliveira |
| Palavras-chave: | Saúde pública Mortalidade materna Políticas/Intervenções para a sua mitigação Países em desenvolvimento Período de 2000 a 2020 |
| Data de Defesa: | Dez-2021 |
| Resumo: | Introdução: A mortalidade materna constitui um enorme peso para os Sistemas de Saúde e Financeiro, principalmente nos países em desenvolvimento de baixa renda, onde estudos que permitem uma tomada de decisões mais acertadas se escasseiam. O objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3.1 das Nações Unidas prevê que todos os países devem reduzir o rácio da mortalidade materna a um valor inferior a 70 óbitos maternos/100 mil nados vivos até ao ano de 2030.
Objetivos: Analisar tendências da mortalidade materna, seus fatores correlacionados e descrever intervenções/políticas de sucesso implementadas ao longo das duas décadas últimas (de 2000 a 2020), em países em desenvolvimento.
Material e Métodos: Foi realizado um estudo ecológico com recurso a bases de dados internacionais de métricas de saúde do Banco Mundial, PNUD, da OMS e da UNESCO, para o período de 2000 a 2020. Para analisar a evolução do rácio da mortalidade materna (RMM), optou-se pelo método quantitativo. Para tal, foram analisadas as tendências com recurso a gráficos, tabelas e estatísticas descritivas (com recurso a Excel, versão 2019) de 135 países em desenvolvimento (dos quais, 29 de baixa renda, 50 de renda média-baixa e 56 e renda média-alta), num período de 17 anos. Para descrever as intervenções/políticas de sucesso (implementadas para a redução da mortalidade materna, na perspetiva dos ODS), foi feita uma narrativa através de documentos relativos a 15 países, ao longo do quinquénio último. E para determinar o impacto dos fatores socioeconómicos/variáveis explicativas: GNI per capita, despesas/gastos em saúde (% de PIB), número médio de anos de educação para as mulheres e a % da população que reside na área urbana naquele país sobre o rácio da mortalidade materna (RMM), foram analisados 58 países, num período de 1 ano (2017). Utilizou-se o modelo de regressão linear múltipla e nível de significância de 5% (com recurso ao SPSS versão 27).Resultados: Os países em desenvolvimento de baixa renda registaram o maior RMM (455 mortes maternas/100.000 nados vivos, em 2017), seguidos dos países em desenvolvimento de renda média-baixa (265/100.000 nados vivos) baixa, renda média-alta (231/100.000 nados vivos) e, em última análise, os de renda alta (11/100.000 nados vivos).
As intervenções implementadas basearam-se em quatro pilares: apropriação do Plano Estratégico pelos governos locais, promoção dos direitos humanos, proteção da díade mãe-bebé e empowerment das raparigas. O número médio de anos de educação para as mulheres foi inversamente correlacionado com o rácio da mortalidade materna. O modelo explicou 48,3 % da variabilidade.
Conclusões: Na generalidade, os países em desenvolvimento continuaram a registar rácios de mortalidade materna superiores aos dos países desenvolvidos, não obstante o seu progresso. As intervenções implementadas foram multissetoriais. Níveis mais baixos de educação das mulheres foram correlacionados com elevados rácios de mortalidade materna naqueles países. Políticas devem incidir sobre os determinantes socioeconómicos e ambientais, com enfoque na educação das raparigas Introduction: Maternal mortality constitutes an enormous burden for the Health and Financial Systems, especially in low-income developing countries, where studies that allow better decision-making are scarce. The United Nations Sustainable Development Goal 3.1 calls for all countries to reduce the maternal mortality ratio to below 70 maternal deaths/100,000 live births by the year 2030. Objectives: To analyze trends in maternal mortality, its correlated factors and describe successful interventions/policies implemented over the last two decades (2000 to 2020) in developing countries. Material and Methods: An ecological study was carried out using international databases of health metrics from the World Bank, UNDP, WHO and UNESCO, for the period 2000-2020. To analyze the evolution of the maternal mortality ratio ( RMM), the quantitative method was chosen. To this end, trends were analyzed using graphs, tables and descriptive statistics (using Excel, version 2019) of 135 developing countries (of which 29 are low-income, 50 are low-middle-income and 56 are middle-income. -high) over a period of 17 years. To describe successful interventions/policies (implemented to reduce maternal mortality from the perspective of the SDGs), a narrative was made through documents relating to 15 countries over the last five years. And to determine the impact of socioeconomic factors/explanatory variables: GNI per capita, health expenditures/expenses (% of GDP), average number of years of education for women and the % of the population residing in the urban area in that country on the maternal mortality ratio (MMR), 58 countries were analyzed over a period of 1 year (2017). The multiple linear regression model was used with a significance level of 5% (using SPSS, version 27). Results: Low-income developing countries had the highest MMR (455 maternal deaths/100,000 live births in 2017), followed by low-middle-income (265/100,000 live births) low-income, upper-middle-income developing countries ( 231/100,000 live births) and, finally, the high-income ones (11/100,000 live births). The interventions implemented were based on four pillars: ownership of the Strategic Plan by local governments, promotion of human rights, protection of the mother-infant dyad and empowerment of girls. The average number of years of education for womenwas inversely correlated with the maternal mortality ratio. The model explained 48.3% of the variability. Conclusions: Overall, developing countries continued to record higher maternal mortality ratios than developed countries, despite their progress. The interventions implemented were multisectoral. Lower levels of education were correlated with higher maternal mortality ratios in those countries. Policies should focus on socio-economic and environmental determinants, with a focus on girls' education. |
| URI: | http://hdl.handle.net/10362/138221 |
| Designação: | Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Saúde Pública e Desenvolvimento |
| Aparece nas colecções: | IHMT: PM - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
| Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| MSPD - Xadreque SIABO.TESE.FINAL.pdf | 1,96 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.











