Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/128083
Título: As afecções nas Artes Visuais: Corporificações afetivas para imagens nas obras de Alice dos Reis e Igor Jesus
Autor: Vasques, Marta Espiridião De Castro
Orientador: Cascais, António Fernandes
Palavras-chave: Alice dos Reis
Igor Jesus
Artes Visuais
Afecções
Imagem em Movimento
Corpos Afectivos
Affects
Moving Image
Affective Bodies
Data de Defesa: 20-Set-2021
Resumo: A presente dissertação ocupa-se das afecções e das suas teorizações enquanto leituras válidas e urgentes de relações entre corpos, centrando-se na imagem em movimento enquanto obra de arte, mas fundamentando as leituras afectivas através dos diferentes fluxos relacionais que evidenciam. As afecções, potências recíprocas e múltiplas de afectar e ser afectade, são intrínsecas a qualquer vivência terrestre, e o seu alcance estende-se até das ideias e acções, aos objectos e representações. No entanto, não devem ser consideradas apenas como impulsos pré-cognitivos inatos, processos resultantes do choque entre intensidades corporais, mas como sempre informadas pelas suas relações sociais, políticas, económicas, e pelas suas experiências cumulativas. A demanda por uma crítica afectiva, informada pelas dimensões políticas e sociais dos corpos, implica necessariamente ter em conta as relações intersubjectivas com o histórico, e o ambiente onde estas operam, expondo experiências subreconhecidas de vivências e convivências. Assim, tentar-se-á estabelecer ligações reais com outros mundos virtuais, assumindo a representação diferenciada das afecções na expressões artísticas e o potencial dos seus dispositivos, e pensando o corpo-espectador como um corpo expectante de participar destes fluxos e redes sensíveis. Desvendando a capacidade inata que temos de nos emocionar perante formulações artísticas, os processos afectivos das imagens em movimento apresentados e dissecados, com enfoque nos dispositivos cinemáticos que nos movem, no papel do corpo-espectador, e nas possibilidades políticas que as afecções, as suas representações e inter-relações carregam consigo. Procurar-se-á desenvolver uma leitura crítico-afectiva a partir das obras Subcorrente (2019) e Mood Keep (2018) de Alice dos Reis, e Chessari (2017) de Igor Jesus. Partindo de ideias como a violência do retrato e as suas implicações bélicas, e da posição crítica de quem observa, até perspectivas decoloniais sobre afecções mais-que-humanas, e os papéis diferenciados da ficção e das economias libidinais do capital nos devires de corpos, ensaiar-se-ão nesta dissertação modos sensíveis de observar e deslindar os fluxos afectivos que ligam todas as formas de vida.
URI: http://hdl.handle.net/10362/128083
Designação: Mestrado em Ciências da Comunicação, especialização em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias
Aparece nas colecções:FCSH: DCC - Dissertações de Mestrado

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