Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10362/116761
Título: A hospitalização da população indígena em Moçambique na primeira metade do século XX
Outros títulos: The hospitalization of the indigenous population in Mozambique in the first half of the 20th centuryreflections based on the IHMT’s collection of architectural scale models
Autor: Duarte, J.M.C.
Saraiva, P.
Dória, J.L.
Palavras-chave: Serviços de saúde
Moçambique, população indígena
Aculturação
Assistência sanitária
História do colonialismo português
Health services
Mozambique, indigenous population
Acculturation
Delivery of health care
Portuguese colonialism history
History
Medicine(all)
SDG 3 - Good Health and Well-being
SDG 4 - Quality Education
Data: 22-Abr-2019
Resumo: O museu do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) possui algumas maquetas de estruturas sanitárias, destinadas às populações indígenas, construídas em Moçambique na primeira metade do século XX em núcleos urbanos de pequena dimensão. Essas estruturas foram concebidas como parte de uma rede de assistência sanitária formulada pelo médico Francisco Ferreira dos Santos no início da década de 1920, que deveria cobrir a totalidade do território da província. A similitude entre várias dessas estruturas confirma a adoção dos mesmos princípios de organização bem como de projetos tipo para muitas das suas construções. Porém, a coexistência de modos distintos de assegurar a hospitalização da população, ora em palhotas, ora em pavilhões enfermaria, como se observa ao se confrontar a maqueta da Formação Sanitária de Maputo com a maqueta do Hospital do Bilene, suscita uma reflexão acerca do modo como era avaliada a aculturação da população à qual essas estruturas eram destinadas. Sob o cuidado perante a aculturação que parece orientar a opção por cada um desses modos de hospitalização, importa, contudo, observar a convicção do Estado na oportunidade da imposição do seu poder enquanto entidade colonizadora. Às opções sanitárias e arquitetónicas presentes nestas estruturas subjazem, afinal, opções políticas. The museum of the Portuguese Institute of Hygiene and Tropical Medicine houses some scale models of medical facilities built in Mozambique in the first half of the 20th century in small villages to serve the indigenous population. Those facilities were intended as part of a network of medical assistance designed by the physician Francisco Ferreira dos Santos in the early 1920s that should cover the whole province. The similarity found between some of those facilities confirms the adoption of a common set of organization principles. However, the coexistence of different ways of hospitalizing the population, either in huts, or in wards, that can be confirmed by confronting the scale model representing the Medical Facility of Maputo with the one representing the Hospital of Bilene, raises the need of a reflection on how the acculturation of the population to which those facilities were meant to was accessed. Under the attention paid to the acculturation that seems to guide the option for each one of those ways of hospitalization, one must find the State’s conviction on the rightfulness of the imposition of its power as a colonizing nation. The medical and the architectural options that mark those facilities are eventually underpinned by political ones.
Peer review: no
URI: http://hdl.handle.net/10362/116761
DOI: https://doi.org/10.25761/anaisihmt.294
ISSN: 0303-7762
Aparece nas colecções:IHMT: SPIB - Artigos em revista nacional com arbitragem científica

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
A_hospitaliza_o_da_popula_o_ind_gena_em_Mo_ambique_na_primeira_metade_do_s_culo_XX.pdf150,34 kBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpace
Formato BibTex MendeleyEndnote 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.