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http://hdl.handle.net/10362/100627
Título: | Auto-referência de sintomas de lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho LMELT numa grande empresa em Portugal |
Outros títulos: | Self-reported work-related musculoskeletal pain at a large company in Portugal |
Autor: | Serranheira, Florentino Pereira, Mário Silva Santos, Carlos Cabrita, Manuela |
Data: | Jul-2003 |
Editora: | Universidade Nova de Lisboa, Escola Nacional de Saúde Pública |
Citação: | Serranheira, Florentino; Pereira, Mário; Santos, Carlos Silva; Cabrita, Manuela - Auto-referência de sintomas de lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho LMELT numa grande empresa em Portugal = Self-reported work-related musculoskeletal pain at a large company in Portugal. Revista Portuguesa de Saúde Pública. ISSN 0870-9025. Vol. 21, Nº 2 (Julho/Dezembro 2003), p. 37-47 |
Resumo: | RESUMO - A dor, incómodo ou desconforto ao nível músculo-esquelético,
sobretudo devido a situações e/ou postos de trabalho
com elevadas exigências ao nível postural, de aplicação de
força, de repetitividade ou por incorrecta distribuição das
pausas, é aceite como um indicador de situações de risco
passíveis de se encontrarem na génese de lesões músculo-
-esqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT) (Stuart-Buttle,
1994). No sentido de avaliar a prevalência de sintomas de
LME, efectuou-se um estudo numa grande empresa da
indústria de componentes para automóveis na região de
Lisboa durante o ano de 2001. Utilizou-se um instrumento
de recolha de informação construído a partir de uma adaptação
do questionário nórdico músculo-esquelético (QNM)
(Kuorinka et al., 1987). Com o apoio do serviço de saúde
ocupacional da referida empresa, o questionário foi entregue
a todos os trabalhadores, obtendo-se uma taxa de respondentes
de 63,2% (n = 574). A população em estudo é
maioritariamente do sexo feminino (83,9%), tem idades
compreendidas entre os 18 e os 65 anos e a classe modal
situa-se entre os 26 e os 33 anos (23,3%). Os resultados
evidenciam uma alta prevalência de sintomatologia de
LME e diferenças significativas de sintomas entre as categorias
profissionais (1) operadores de máquina de costura,
(2) trabalhadores dos armazéns e de transporte de mercadorias
e (3) trabalhadores da logística, qualidade e escritórios.
Os operadores apresentam índices superiores e diferentes
(p < 0,05) de sintomatologia nos últimos doze meses
ao nível da região cervical, ombros, cotovelos, ancas/coxas,
pernas/joelhos e tornozelos/pés e nos punhos nos últimos
sete dias. No presente estudo, a análise dos dados obtidos
parece indicar que a natureza e as características da actividade
de trabalho do grupo profissional operadores de
máquina de costura (flexão cervical > 20°, trabalho muscular
predominantemente estático ao nível da articulação
dos ombros, elevação dos membros superiores > 45°, ortostatismo
e exigências elevadas ao nível dos punhos/mãos)
estão implicadas no desencadear da sintomatologia auto-
-referida. ABSTRACT - Work-related musculoskeletal discomfort or pain, primarily from high demanding jobs (e. g., specific postures, strain, repetition or wrong break/rest distribution), is an accepted indicator of a risk situation and likely to add to the development of musculoskeletal disorders (MSDs) (Stuart-Buttle, 1994). We evaluated several symptoms of work-related musculoskeletal disorders (WRMSDs) at a large automobile company located near Lisbon in 2001. Data was collected using an adaptation of Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) (Kuorinka et al., 1987). The questionnaire was distributed to all workers by the company occupational health service (response rate 63,2%). The study included 574 workers, aged 18 to 65 (mode 26-33 years), mostly female (83,9%). We found a high prevalence of symptoms and significant differences among several professional categories: (1) sewing operators; (2) warehouse (storage) and merchandise transportation; (3) logistics, quality and offices. Operators reported significantly (p < 0,05) more symptoms at the cervical region, shoulders, elbows, hips/thigh, legs/knee and ankle/feet in the last 12 months, and wrists in the last seven days, probably due to work-related activity. These findings seem to indicate that the nature and characteristics of sewing workplaces (cervical flexion > 20°, static muscular strain at shoulder level, arm flexion > 45°, standing, and high wrist/hand/fingers demands) are linked with these work related self-reported symptoms. |
Peer review: | yes |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/100627 |
ISSN: | 0870-9025 |
Aparece nas colecções: | ENSP - Revista Portuguesa de Saúde Pública |
Ficheiros deste registo:
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