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http://hdl.handle.net/10362/5704
Título: | AMANDO VÁRI@S – INDIVIDUALIZAÇÃO, REDES, ÉTICA E POLIAMOR |
Autor: | Cardoso, Daniel dos Santos |
Orientador: | Cascais, António Fernando da Cunha Tavares |
Palavras-chave: | Poliamor Alt.polyamory Cuidado de si Escrita de si Intimidade Relação pura Sexualidade |
Data de Defesa: | Set-2010 |
Editora: | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Resumo: | Esta tese tem como objectivo principal determinar se os utilizadores da mailing list alt.polyamory, ao verterem as suas experiências pessoais em texto, estão ou não a incidir em práticas queer de questionamento da normativização monogâmica e heterocêntrica, agindo como agentes auto-reflexivos que procuram cuidar de si (gnothi seauton) através da escrita (etopoiética) e leitura de si, ao invés de serem motivados pela tecnologia confessional; se, por analogia, o poliamor pode ser considerada como uma identidade queer. Dado que o poliamor é uma iteração da relação pura de Giddens, os desafios e contradições que apresenta colocam desafios específicos aos sujeitos, e necessitam de ser interpretados à luz das interacções entre dispositivo de aliança e de sexualidade. Recorreu-se também à elaboração teórica sobre a natureza das comunidades virtuais contemporâneas para contextualizar a recolha de dados. Para obter uma resposta, analisaram-se as trocas de emails iniciadas por utilizadores recém-chegados durante o ano de 2009, utilizando análise estatística, análise de conteúdo e análise de discurso. Os resultados apontam para uma diferenciação entre o grupo de recém-chegados e o grupo nuclear da mailing list, sendo que só os últimos mantêm, na lista, práticas potencialmente não-hegemónicas de subjectivação. O poliamor é então identificado como sendo, mais do que uma prática sexual, um posicionamento moral que envolve profundamente o sujeito na sua produção de si, e onde a parrhēsia (franqueza) é o principal elemento avaliativo da moralidade do sujeito poliamoroso. Esta parrhēsia é fundamental para a manutenção da autonomia do Eu, pelo que ela é oferecida mas também exigida do Outro; a equidade da relação de alteridade é fundamental para o sujeito que, sem o Outro, não se pode constituir como tal. Se tudo isto permite ao indivíduo questionar o horizonte de possibilidades daquilo que o constitui como sujeito, abre também a porta a uma possível hegemonização desta moral para todas as relações de intimidade. |
Descrição: | Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Comunicação |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/5704 |
Aparece nas colecções: | FCSH: DCC - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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